Nascido em 14 de agosto de 1936, no distrito de Bela Vista do Fão, em Marques de Souza, Osébio, filho do casal Leopoldino Gomercindo Borghetti e Assunta Macagnan, Isaias Borghetti foi o único dos oito filhos a seguir a carreira religiosa. Dia 18 de dezembro completou cinquenta anos de sacerdócio. As festividades de comemoração serão em 14 de fevereiro em sua terra natal quando também receberá o título de cidadão emérito de Marques de Souza. Além de frei Capuchinho, Isaias, nome que adotou, formou-se jornalista e tem como um dos grandes momentos a participação na primeira transmissão de televisão a cores do Brasil em 1972.
Recentemente Frei Isaias nos contou um pouco sobre sua vida: “Em 23 de janeiro de 1950 fui para o Seminário dos Capuchinhos de Vila Flores, seguindo a inspiração de meu tio, Frei Fortunato Macagnan. Quem ajudou meu pai a encaminhar para o seminário foi o farmacêutico de Bela Vista do Fão, Severino José Freiner. O que nos marcou profundamente nesse dia foi quando da janela de nossa casa, minha saudosa mãe gritou: ‘Varda de Starghe é’, ou seja, comporte-se para perseverar. Era o ano santo de 1950 e o recado de minha mãe soava como um misto de adeus e o desejo de ver o filho sacerdote. Após dois dias de viagem, chegamos a Vila Flores, onde me integrei a uma turma de 200 seminaristas. A vida de seminarista consistia em estudar, rezar, trabalhar, praticar esportes e respeitar as normas do seminário. Lá permaneci durante seis meses e após fui promovido para ir para Veranópolis onde permanecei até 1953. Após, fui para Ipê, onde fui julgado apto para seguir minha vida religiosa.
Depois frequentei em Flores da Cunha o noviciado, sendo que em 24 de janeiro de 1956 recebi o hábito capuchinho, quando trocamos de nome passando a nos identificar como Frei Isaias Borghetti. Após passamos por Marau e ingressamos na Faculdade de Filosofia de Ijuí. Quando concluímos esses estudos chegou a hora de organizar a cerimônia de ordenação e da primeira missa. Em 18 de dezembro de 1965 fui ordenado frei na Igreja Santo Antônio de Porto Alegre pelo cardeal Dom Vicente Scherer. Era o sonho que se realizava após 15 anos de formação, acompanhado pelos pais, familiares e amigos. Em 1º de janeiro de 1966 celebrei a primeira missa na Igreja Matriz da terra natal, Bela Vista do Fão. Após a ordenação fomos convidados, como religioso capuchinho, a integrar a equipe da Rádio e TV Difusora Porto-alegrense, onde participamos da Missa do Dez aos domingos. Estudamos Comunicação Social na Famecos/PUCRS, onde obtemos o grau de bacharel em comunicação, recebendo o diploma de pós-graduado em nível especialista. Durante os 50 anos de vida sacerdotal marcamos presença na Rádio e Tv Difusora Porto-alegrense – Canal 10 de Porto Alegre, Agert, Sindirádios, Sindijornais, Famecos e Universidade de Caxias do Sul. Exercemos o cargo de diretor executivo da TV Difusora durante a primeira transmissão de televisão a cores do Brasil que ocorreu durante e Festa da Uva em 19 de fevereiro de 1972, além de editor e gerente comercial do Correio Riograndense de Caxias do Sul. Hoje atuamos com programas religiosos nas emissoras da Rede Sul e Rede Mais Nova FM no Rio Grande do Sul. Também exercemos trabalhos religiosos na Paróquia Imaculada Conceição dos Freis Capuchinhos e na Terceira Légua em Caxias do Sul além de integrarmos a equipe do Escritório Central Corporativo da Província dos Freis Capuchinhos do Rio Grande do Sul”.

