A falta de recursos humanos em áreas prioritárias em defesa dos direitos, valorização e dignidade humana como é o caso da Segurança Pública, Saúde, Educação expõe cada vez mais a decadência do serviço público. Diante das mazelas, a desculpa comum é a falta de recursos, mas acreditamos que o que falta é vontade política e gestão para mudar o que tem que ser mudado, priorizar o que tem que ser priorizado. Não é apenas uma questão de recursos financeiros.
Um dos assuntos recorrentes é a falta de profissionais para trabalharem como médicos legistas e peritos. No Instituto Médico LegaL de Lajeado, cuja abrangência é de 40 municípios, trabalham um médico legista, o Dr. Bruno Bersch Lieske e mais três funcionários. Não é necessário ser um entendido na área para saber que é um número muito pequeno de pessoas para trabalhar numa área tão essencial que exige qualificação técnica e humana. Seriam necessários pelo menos o dobro de profissionais para atender o volume de atendimentos.
O problema não é só no Vale do Taquari. Várias regiões do Estado e mesmo na capital a situação é a mesma.
Nem sempre esta carência de profissionais é do conhecimento da população. Quando se passa pelo constrangimento e demora da liberação do corpo de algum familiar, vizinho ou amigo é que surge a frustração ou até a revolta.
No último final de semana mais um caso de peregrinação que durou mais de 24 horas para a liberação.
No começo da tarde de sábado, um acidente de motocicleta tirou a vida de Dilnei Bruxel, nascido em Arroio do Meio, que morava há cerca de 20 anos em Taquari. A liberação do corpo não poderia ser feita em Lajeado, uma vez que o único médico legista do IML, estava de férias e só retornou no início desta semana ao trabalho. Para agilizar os trâmites, a família teve que recorrer a Santa Cruz, onde os profissionais estavam em greve. Ao invés de dirigir –se para Cachoeira do Sul a família optou para providenciar os trabalhos de autópsia em Porto Alegre, trabalho que só iniciou as 8 horas da manhã de domingo. Com15 procedimentos na frente, a necrópsia foi concluída no começo da tarde, mas ainda faltava o trâmite burocrático do transporte que exige a assinatura do Cartório, que só começou a trabalhar às 15 horas. O caso não é único mas ilustra a longa espera dos familiares para enterrar seus mortos. No caso, o corpo chegou perto das 18 horas de domingo para ser enterrado as 19 horas em Taquari, onde a vítima tinha sua família e trabalho.
Além da espera legal de pelo menos seis horas após a morte para o início da necrópsia, há duas causas que aumentam esta deficiência. O crescente número de casos de morte por violência (acidentes, suicídios, assassinatos, …) e também a falta de médicos. Os médicos legistas são profissionais concursados e não há previsão de concursos públicos para 2016. Foram suspensos. Estima-se que no Rio Grande do Sul há mais de 500 vagas disponíveis, mas há poucas perspectivas de mudanças, como se pode ver. Muitas vezes a população se revolta contra a demora na liberação do corpo de algum familiar ou fica esperando perícias, mas na realidade há setores públicos com excesso de funcionários e em outros faltam.
Pergunta-se: É ou não é, falta de vontade política para mudar o que precisa ser mudado?
Ao encontro da comunidade
Fabio Cancian Baldissera, que assumiu recentemente a gerência geral do Banco do Brasil de Arroio do Meio, está desenvolvendo uma política de proximidade com a comunidade. Desde que assumiu está fazendo visitas a clientes e empresas, com o objetivo de conhecer a área de atuação, para desenvolver e implementar políticas de investimentos que venham de encontro ao potencial econômico das empresas e pessoas físicas de Arroio do Meio e região. O novo gerente está impressionado positivamente com a diversidade econômica local.
Sócios políticos
O discurso dos programas de propaganda política do PT e PMDB que foram ao ar essa semana andam em caminhos opostos.