A manifestação do colunista Gilberto Jasper, na edição do AT da semana passada, foi muito oportuna e reflete um estado de espírito ou um sentimento que possivelmente milhares de pessoas gostariam de externar.
A tolerância e a passividade têm limites e se não houver uma mobilização da população, a solução para a caótica situação do trânsito no trevo de acesso à cidade não acontecerá tão logo.
As reiteradas “informações” de priorização do problema nos projetos da EGR ou do Daer, com a conivência de autoridades locais, não servem mais como justificativas ou argumentos aceitáveis.
Repito o que já afirmei em outro momento. Se não houvesse a paciência e a colaboração exemplar da maioria dos motoristas, teríamos uma situação insustentável e muito menos pessoas de outras regiões vindo para cá a passeio ou para prestigiar o nosso comércio, indústrias e o setor de prestação de serviços.
Licenciamento Ambiental
Existem rumores de insatisfação e de muita preocupação de produtores de leite que tentam obter as licenças ambientais para a atividade, bem como nos casos de renovações.
É frequente e comum nas propriedades que possuem rebanhos de leite a existência de córregos, sangas ou arroios, cruzando áreas de pastagens ou potreiros onde os animais circulam ou se alojam.
Há de se respeitar a legislação pertinente, em especial o Código Ambiental, mas a inflexibilidade não pode ser a marca ou a ferramenta utilizada por quem precisa, nessa hora, auxiliar com orientações e procurar contornar as situações de dúvidas.
Cadastro Ambiental Rural
Tudo indica que não vai ter prorrogação do prazo para a realização do Cadastro Ambiental Rural (CAR) que terminará no dia 5 de maio. Muitos proprietários de imóveis rurais tinham essa expectativa, por isso não se apressaram em cumprir o dever. Porém, faltando um pouco mais de um mês, teremos, com certeza, uma corrida, por aqueles que ainda estão em débito, procurando os profissionais que estão aptos a prestar o serviço.
Falta o milho…
As indústrias gaúchas de aves e suínos estão se vendo em apuros para suprirem a demanda decorrente do acentuado consumo animal.
A constatação de que os preços do milho, no mercado interno, registram uma alta de mais de 50% nos últimos seis meses, faz com que as empresas procurem compensar este fato, trazendo o insumo da Argentina. Fala-se de um primeiro lote de 100 mil toneladas, volume que poderá ser reforçado no próximo mês de abril em mais de um milhão de toneladas, uma vez que o consumo anual no Rio Grande do Sul é de aproximadamente seis milhões de toneladas.
Um dos motivos alegados para o elevado custo do milho é o item do transporte rodoviário. O sucessivo aumento do frete, bem como a distância que nos separa das regiões de produção, provocam este quadro de dificuldades que repercute no desenvolvimento sócio-econômico de importantes cadeias produtivas.

