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    Para defensor da cultura afro, região carece de uma política voltada aos negros

    adminBy admin13 de maio de 2016Nenhum comentário5 Mins Read
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    Vale do Taquari – O dia 13 de maio de 1888 tornou-se um dia histórico para o Brasil. Nesta data foi assinada pela princesa Isabel a Lei Áurea que dava, teoricamente, a liberdade a todos os escravos brasileiros. Passados 128 anos, o negro ainda sofre as consequências da escravidão e da falsa liberdade proclamada com a Lei Áurea.

    O professor de História e com mestrado em Educação pela UFRGS, Gilson do Anjos é um defensor da cultura afro. Se autodenomina um negro que não está na lógica do discurso: estudou – retomou os estudos depois de casado com a ajuda da mulher – e não mora numa periferia. Mas já esteve do outro lado e quando teve a oportunidade de estudar, se aprofundou na temática afro. Tanto no Trabalho de Conclusão de Curso de História quanto na dissertação do mestrado, estudou e se aprofundou acerca da presença do negro e sua cultura no Vale do Taquari.

    Desde 2000 Gilson vem pesquisando e fomentando debates sobre a temática. Contudo, reclama do descaso, da falta de uma política de valorização do negro no Vale do Taquari. Todo o trabalho feito em torno da temática afro precisa ser autofinanciado. As ações realizadas são feitas, na sua maioria, por pessoas físicas e dentro das suas possibilidades econômicas, sem apoio logístico ou de qualquer tipo de estrutura.

    O professor atenta para o fato de que o próprio Conselho Regional de Desenvolvimento não tem um braço voltado para o negro. E aponta outras questões, como o fato do Centro de Cultura Afro estar situado no Parque Histórico, numa casa estilo enxaimel. Está “hospedada” dentro de outra cultura.

    Diz que não há uma política para os negros no Vale do Taquari e que estas situações são exemplos de como a região desconsidera o sujeito negro e sua importância na construção da história regional. Lembra, por exemplo, de que a primeira estrada calçada de Lajeado, a Avenida Beira Rio, foi executada com mão de obra escrava. Também reforça que no passado, a presença dos negros foi decisiva para que os açorianos conseguissem a posse das áreas de terras que mais tarde deram origem a municípios do Vale. “Eram fazendas – Fazenda Vilanova, Fazenda Estrela, Fazenda Bom Retiro. Todas usavam mão de obra escrava”, observa, dizendo que antes da presença dos imigrantes alemães e italianos, o trabalho escravo já fomentava o desenvolvimento da região. Inclusive, antes da existência da BR-386, todo o comércio e o escoamento da produção se dava por meio da Companhia Arend, que se valia do trabalho negro para carregar e descarregar as embarcações.

    A Lei Áurea

    Para Gilson a Lei Áurea deu a liberdade, mas, ao mesmo tempo, não deu qualquer amparo aos negros escravos. “A Lei Áurea tem dois artigos: uma que acaba com a escravidão e o outro revoga as leis em contrário. Os negros saíram da condição de escravos sem qualquer projeto, jogados a própria sorte”, afirma.

    Mesmo com a liberdade garantida em lei, na prática, o trabalho escravo continuou. O professor lembra que em 1910, 22 anos depois da Lei Áurea, houve a Revolta da Chibata. Marujos da Marinha, liderados por Antônio Cândido, se rebelaram contra as más condições de trabalho nos navios, já que tinham a pior comida, os piores alojamentos e os piores soldos. Quando não executavam as tarefas a contento eram chibatados, por isso Revolta da Chibata. “Se 22 anos depois um órgão do governo, que é a Marinha, ainda tratava os negros como escravos, que dirá os fazendeiros. O negro sustentou a economia brasileira por mais ou menos 350 anos, de 1549 a 1889 e saiu da condição de escravo com uma mão na frente e outra atrás. Sem qualquer indenização, não receberam recompensa pelo trabalho, pelo sofrimento, pelo afastamento de sua família e de sua cultura”, contextualiza.

    No campo da educação denuncia um contraste. A lei 10.639 inclui no currículo escolar a história da cultura do povo negro, da África. Contudo, a mesma exigência não existe no Ensino Superior, especialmente nos cursos que formam professores. São duas formas de se pensar a educação que não convergem para a abordagem da cultura afro. Se o professor não tem essa formação, como vai repassar aos alunos? “Temos muitas coisas ainda que foram feitas em outros períodos e que se preserva. Será que não é chegada a hora de romper com o que não tem mais sentido? Preservar o sujeito negro fora da escola é normal? O imaginário construído no Vale é de que o sujeito ideal é branco, cabelos lisos, olho verde ou azul. Senão tu não é um cidadão ideal”, reforça.

    Ele acredita que ainda há muito a ser debatido para que na atualidade, mais de 100 anos após a libertação dos escravos, se tenha uma sociedade mais igualitária e menos preconceituosa. A população negra ainda é vítima de analogias e bordões calcados de cunho discriminatório, impregnados na cultura brasileira. “Hoje o negro ainda mora na periferia, precisa brigar para ter acesso à universidade, com a política de cotas. O povo brasileiro é constituído, na sua maioria, por negros. No entanto, o governo é branco e da elite”, sentencia, sinalizando que as questões que envolvem o negro ainda não são pauta na sociedade.

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