Ainda tem sido bastante difícil partidos preencherem o percentual de mulheres para as suas nominatas. Muitas são escolhidas apenas para preencher o número exigido pela legislação eleitoral da quota de um terço. Pode ser uma consequência da falta de oportunidade ou interesse por parte das mulheres em se envolver mais na política. Mas proporcionalmente, o eleitor soube valorizar e confiar seu voto nas mulheres. É o caso das duas vereadoras eleitas pelo PMDB, Adiles Mayer (889 votos) e Helena Matte (659) votos. Não se elegeram por conta da legenda a professora Adriana Meneghini Lermen (PDT) que fez 482 votos e Juliana Gasparotto (PP) que somou 406 votos. As duas estrearam nas eleições, mas mostraram todo o seu potencial que deverá certamente ser valorizado pelos partidos.
Além desta confiança dada às duas candidatas que ficam na primeira suplência, e como tal deverão ter oportunidade para assumir em determinado período, também é preciso destacar a participação feminina que se deu na chapa vitoriosa da coligação Arroio do Meio Para Todos com a participação da professora Eluise Hammes (PT) que foi eleita a vice-prefeita de Klaus Werner Schnack (PMDB).
Também em Capitão foram duas mulheres que somaram maior número de votos. Margarida Frohlich pelo PSDB e Patrícia Scheidt (PMDB). Em Pouso Novo foram eleitas Verônica Pozzebon e Priscila Rigo ambas do PTB. Travesseiro elegeu Adriana Southier (PMDB) e Eloise Zanatta (PSB). Forquetinha elegeu três mulheres Clarice Groders (PP), Geci Mallmann (PP) e Jaqueline Schmitz (PTB). As duas primeiras suplentes são mulheres, Inês Feil (PP) e Clarice Sabke Bergmann (PMDB). E em Marques de Souza outras duas mulheres se elegeram: Mirtes Margarete Bruch (PDT) e Maristela Seibel (PMDB), esposa do falecido Rubem Kremer.
Força da máquina
A ocupação de cargos públicos estratégicos, principalmente nas secretarias de Obras, Administração e Saúde, o que permitiu aliar serviço público de atendimento com política eleitoral foi fundamental para a eleição da base governista na Câmara de Vereadores. Rodrigo Kreutz, Adiles Meyer, Paulinho Volk, Helena Matte, Marcelinho Schneider, todos do PMDB, através da expressiva votação que fizeram, consolidam sua força política no partido. Somam-se a eles, Luís Both, também PMDB que foi eleito para a 11ª cadeira e o vereador do PTB Kiko Noronha que fez 486 votos, sendo o primeiro vereador da sigla a ser eleito na história do município. A composição da aliança na proporcional foi decisiva para a conquista desta cadeira para o PTB. Nesta mesma estratégia também o DEM, com Sérgio Cardoso com 399 votos, passa a ser o primeiro suplente o que lhe dá condições de assumir uma vaga, se entre os eleitos, um ou mais forem chamados para ocupar secretarias.
Onda contrária
Em visita feita ao jornal, Eluise e Klaus, eleitos para os próximos quatro anos de governo no município, admitiram que a conquista da vitória não foi uma tarefa fácil, principalmente por causa do momento político em plena campanha, marcado pelo impeachment da Dilma, da cassação de Eduardo Cunha, da mídia diária com informações negativas, das dificuldades do governo Sartori… O que facilitou foi o amadurecimento político do eleitor, reconhecimento ao trabalho da atual Administração em termos de gestão e atendimento principalmente nas secretarias da Saúde e Educação.
Poder econômico e coligações
O candidato Gustavo Kasper e seu candidato a vice Lúcio Bersch, que perderam as eleições no último domingo, reforçaram em vista ao jornal que a força e o poder econômico da máquina pública influenciaram no resultado das eleições tanto para a chapa majoritária quanto na composição da Câmara de Vereadores. Kasper defendeu o fim das coligações porque as alianças são feitas mais com a finalidade de ganhar as eleições e a médio e longo prazo fazem crescer o número de funcionários públicos.
Jovens e renovação
Eleitores mostraram que estão atentos ao cenário político e cansados de velhas fórmulas. Deram oportunidade aos jovens e elegeram caras novas.