O episódio do fim do vínculo contratual da médica colombiana com o município, relatado na edição do AT da última semana, expõe um quadro que já vinha sendo alertado em alguns círculos, em bastidores.
Sem querer entrar no mérito das contradições na exposição dos motivos para a não renovação do contrato, a profissional foi altamente corajosa em dizer e colocar as razões porque passar a ser uma pessoa não grata, dizendo respeito a questões inerentes à profissão médica, como são situações que envolvem modos de agir, métodos de orientações e prescrições de medicamentos.
As comunidades, especialmente do interior do município, onde a médica atuava, com elogiável profissionalismo, são as que mais se ressentem com o seu afastamento, porque em apenas seis meses conseguiu atrair a admiração e o respeito de todos quantos tiveram contato com ela.
O que mais se reflete na opinião pública é a expectativa de que não haja tão somente uma única pessoa a responder pelas desavenças escancaradas. Isso até é possível, mas acabaria expondo um lado frágil de autoridades que estariam se omitindo em apurar um caso de repercussão regional. Pessoas comuns têm comentado sobre os procedimentos verificados, principalmente em relação ao fornecimento de receitas de remédios e os expressivos números de consultas registradas, que são dois pontos que indicam problemas.
Ritmo lento
A Câmara de Vereadores é que nem uma caixa de ressonância, pois ali se concentra a voz dos cidadãos insatisfeitos em relação aos serviços públicos, de qualidade questionável ou quando os mesmos não acontecem e munícipes não são atendidos.
As manifestações dos vereadores muitas vezes se confundem, a ponto de surpreenderem porque os de situação reclamam do não atendimento e os da oposição expõem as suas razões de inúmeras cobranças feitas porque “os contribuintes exigem explicações”.
Roçadas ao longo de vias públicas, especialmente em alguns loteamentos ainda sem pavimentação, reconstrução de abrigos de ônibus, pedidos há meses, colocação de academia ao ar livre, prometida durante a campanha eleitoral, com a afirmação de que o dinheiro já estava liberado para isso, unanimidade nas cobranças de reposição de lâmpadas queimadas, tapa buracos nos asfaltos, sinalização em rurais principais, além do questionamento dos critérios para atender determinadas pessoas e outras serem excluídas, tudo isso a gente presencia nas sessões da Câmara, como foi o caso desta última quarta-feira.
Em um breve comentário sobre os 100 dias de governo, um vereador disse que na avaliação do desempenho do atual governo, “o mesmo deixa muito a desejar”. “Até poderíamos contribuir com sugestões ou mesmo ações, mas não houve nesses três primeiros meses nenhum contato, nenhuma troca de ideias”. E teve outro vereador que se colocou à disposição do secretário de Obras, para dar orientações de como melhor conservar as estradas municipais.
Forqueta convida
A edição da Via Sacra deste ano, em Forqueta, será com certeza, a melhor de todas as demais 19 já realizadas. O elenco de mais de 100 figurantes está se esmerando nos preparativos para a próxima Sexta-feira Santa no espaço que está simplesmente maravilhoso, um cenário natural. A encenação desta vez surpreenderá. Estendemos o convite a todos.

