Quando se trata de um assunto importante e de interesse comunitário, justifica-se a mudança do foco da coluna, que normalmente trata de questões pertinentes à área da agricultura, setor primário, produção agropecuária, etc.
Além do vereador Rocha, que se manifestou sobre o assunto na sessão da Câmara de Vereadores, na quarta-feira, eu tentarei ser uma das vozes dos muitos moradores do distrito de Forqueta, a manifestar-se sobre o tão sonhado projeto de uma Escola de Educação Infantil (Creche). Pois, depois de longos anos, de reiteradas promessas e anúncios em campanhas eleitorais, eis que um sinal aparece, indicando que faltam poucos detalhes a nos separar da real possibilidade da conquista, importante, de um grande serviço público, nessa magnífica área da educação. Forqueta, finalmente, deve ter uma creche. Saudemos o fato!
O distrito de Forqueta, por sua história, por seu potencial de geração de renda, por sua contribuição com o desenvolvimento social, educacional e cultural do município, está a merecer, de longa data, uma Escola Infantil. Com essa importante falta de opção, com certeza, dezenas de famílias tiveram, nos últimos anos, que morar em outras localidades do próprio município ou fora daqui, pela necessidade de trabalharem e ao mesmo tempo ter quem e como cuidar de seus filhos.
Agora, várias famílias sentem-se confortadas e esperançosas de poderem ter um apoio fundamental no processo de formação escolar de seus filhos. Pois a educação infantil é elementar na vida da criança. Portanto, precisamos destacar a iniciativa de trazer o benefício, nos solidarizarmos com as famílias que deverão ou poderão ser as primeiras beneficiadas, mas não podemos ser omissos ou coniventes com um fato que poderá causar um desconforto ou um mal-estar ainda maior.
A questão é a localização da “Creche”. Há, segundo o vereador Roque, comentários de que a sua instalação seria na “Sala do Museu” da subprefeitura. O Centro Administrativo de Forqueta, prédio característico, com traços da cultura alemã, onde funciona atendimento odontológico, médico, posto do Correio, telefone. Esse espaço foi, igualmente, uma conquista, uma busca e é uma marca da história do distrito, é um ponto de referência.
Seria admissível descaracterizar o Prédio Administrativo de Forqueta, mudar a sua histórica finalidade e utilidade? – A Associação de Água tinha ali um ponto de referência. De um dia para outro teve que retirar-se. O sistema telefônico ali funcionou durante mais de 20 anos e de um dia para outro, por decisão estranha, teve o seu caráter público desvirtuado. E agora, vamos perder o Gabinete Dentário, o Consultório Médico, o Posto do Correio, a ideia de Museu?
O que chama a atenção é que aquilo que muitos fizeram durante muitos anos para construir, agora em pouco tempo, poucas pessoas conseguem desfazer!
Volto a insistir: saudemos a chegada de uma Creche, mas, que aconteça uma reflexão e uma análise melhor sobre a sua localização. Existem alternativas. Não é preciso “descaracterizar” o prédio da subprefeitura e enterrar, de vez, a iniciativa do Museu. Educação é importante. Cultura, história, memória não podem ser dissociadas.
E por falar em cultura…
Forqueta será um palco de cultura neste sábado, dia 20. A cultura do canto coral terá uma mostra de espontaneidade, de harmonia e de dedicação, com a presença de 10 grupos/corais de várias regiões do Estado, todos de muita qualidade e história, além do anfitrião, Vozes da Forqueta, que é, hoje, em toda a região, o grupo com o maior número de integrantes, ou seja, 35 cantores. O início do evento será às 19h30min na Igreja São Vendelino e após segue no Forquetense.

