“Quem sabe o que vai acontecer no Brasil está muito mal informado”, disse recentemente o médico Drauzio Varella ao ser entrevistado num programa de TV. Infelizmente esta é a realidade que estamos vivendo. Diariamente explodem novas denúncias de corrupção e escândalos e o foco maior das articulações políticas e também jurídicas está em como achar brechas para salvar cargos e se manter no poder. Cargos de poder que no país são bem remunerados e por conta da impunidade ainda abrem possibilidades para entrar no mercado do ilícito e da corrupção. Como justificar e entender que deputados, presidentes da República, empresários, donos de partidos e outros agentes políticos carreguem sacolas, malas de dinheiro ou desviem milhões para suas contas ou então usem o dinheiro público para contas pessoais e ou financiar seus projetos pessoais? Pra que? Comprar o que . Vida boa e de luxo, aposentadorias vitalícias, comprar silêncio de ilícitos, numa completa desvirtuação da função pública? Este é o Brasil. Que queremos que mude.
Longe dos centros de poder, o brasileiro é um dos povos que mais trabalha em termos de horas. Pode não ser tão produtivo e competitivo. Mas na medida em que o governo é inoperante e corrupto em todas as esferas o custo Brasil fica mais alto. O povo tem que trabalhar mais, e a remuneração pela sua força de trabalho, mesmo que nominalmente seja a mesma, não consegue ter o mesmo poder de compra. Não há diretrizes e políticas claras. As reformas que são discutidas e vistas como necessárias há mais de uma década não acontecem. Não há ambiente seguro para novos investimentos. Alguém tem que pagar a conta dos desmandos. E claro, sobra para quem está com a mão na massa.
Cooperativismo
No primeiro sábado do mês de julho comemoramos o Dia Internacional do Cooperativismo. Aqui em nossa região a data tem uma importância significativa porque temos várias cooperativas, na agricultura e produção de alimentos, saúde, crédito, energia… Todas, com certeza, nos proporcionam um ambiente social e econômico mais seguro e justo porque há uma valorização maior do indivíduo como pessoa em primeiro lugar. Na valorização da pessoa, como indivíduo único e capaz de ser ele mesmo mas com capacidade de trabalhar em associação com os outros para alcançar maior desenvolvimento. O cooperativismo segue entre tantas diretrizes, aquela que na solução dos problemas sociais e econômicos cada um deve fazer um esforço pessoal, mas a consecução destes objetivos só virá através da união, da ajuda mútua e da participação consciente de todos.
Estradas
São recorrentes as reclamações do mau estado das estradas do interior e conservação do asfalto, de ruas e calçadas pavimentadas de Arroio do Meio. Com certeza dá para dar uma melhorada nestas vias que atrapalham motoristas de carro, moto e mesmo pedestres. Conforme divulgamos na semana passada, Arroio do Meio já havia arrecadado em IPVA para os cofres públicos municipais R$ 1,9 milhão. Como o imposto vem dos proprietários de veículos, é de imaginar que a aplicação em vias públicas tem sua lógica.