O editorial da diretora do nosso jornal, jornalista Isoldi Bruxel, publicado na edição passada, foi extremamente oportuno. Por isso, vou pegar uma carona no assunto de alta relevância. “Arroio do Meio para os próximos anos” foi o título que permitiu uma oportuna reflexão sobre o futuro da nossa comunidade.
Arroio do Meio é uma cidade que encanta os visitantes. Sou testemunha deste fenômeno. Amigos de meus filhos que vêm à cidade fazem rasgados elogios à organização, limpeza e arborização, entre outros atributos. Isto me enche de orgulho, mas como caminho com frequência pelas nossas ruas também enxergo problemas, como o vandalismo que revolta e precisa ser combatido na origem: com educação maciça.
A atração de investimentos que gera emprego, renda e desenvolvimento é positiva porque é solução perene. É preciso, porém, atentar para a necessidade de diversificar a atividade industrial, sob pena de concentração que resulta em sérios prejuízos. Como ocorreu recentemente com a debacle do setor calçadista.
A prioridade deve – sempre! – mirar no bem-estar da população. Melhorar a qualidade de vida dos moradores é compromisso de todo homem público, prefeito ou vereador. Obras que parecem simplórias, como a troca de uma lâmpada queimada, um buraco de rua, um abrigo de ônibus danificado ou uma calçada quebrada exigem atenção dos administradores. A cidade deve servir a sua gente.
População e administradores devem dialogar diretamente, com simplicidade, sem burocracia
A preservação dos recursos naturais é outra prioridade que reflete no futuro. Somos cercados de rios e arroios. Dispomos de água potável para o consumo humano e irrigar nossas lavouras no enfrentamento das estiagens. A manutenção das margens, o descarte e a destinação correta do lixo, além da conscientização geral, devem balizar a Administração Municipal.
É preciso, também, viabilizar formas de comunicação direta entre administradores e a população. A Câmara Municipal é instrumento valioso, mas não deve ser o único contato com os moradores. Devem ser oportunizadas formas desburocratizadas, simples, sem formalismos e cerimônias. Em cidades pequenas como a nossa, prefeito e vereadores são pessoas acessíveis, ao contrário do que acontece nos grandes centros.
Clubes de serviços, sindicatos, associações e entidades civis são poderosos veículos de democratização que devem ser valorizados.
Somente através da democratização das relações entre a Administração e a população é possível prevenir problemas e trabalhar conjuntamente na busca de soluções.

