Depois das várias fases desencadeadas pela Lava Jato e que levaram à condenação de empresá-rios, executivos e políticos, espera-se uma contracultura ao “quem está no poder pode tudo e não acontece nada”. Temos que cultivar uma nova forma de fazer política: menos ideológica e fisiológica e mais participativa e democrática. Isto vale para tantas bandeiras que precisam e podem ser levantadas politicamente, onde é necessário conquistar engajamento, mas que deve ser pensado como ativismo de solução.
Não adianta levar centenas de pessoas para protestos e passeatas, se aquelas pessoas nem sabem porque estão lá, ou promover encontros, conferências, seminários com autoridades, inclusive, levantando necessidades e reivindicações, sem que haja grupos de estudos envolvidos e compro-metidos com as soluções. Não de curto, mas de longo prazo.
De alguma forma, aqui no Brasil, vivemos muito esta cultura maniqueísta em várias frentes: na política, nas formas de trabalho, nas empresas, nas universidades, nas cooperativas, nos sindica-tos… Superar esta cultura mais simplista e que acarreta de tempos em tempos em crises muito sérias e que têm impacto principalmente no desenvolvimento social e na qualidade de vida das pessoas, é um processo bastante demorado. E que certamente, deve começar por uma educação de qualidade, a partir da base e com bons professores. Que estejam preparados para compreender esta conjuntura global, mas entendam muito bem sua realidade local. Que se despojem de ideologias e que possam educar na dualidade do afeto com amor e conhecimento com conteúdos voltados para o crescimento e desenvolvimento.
Dívidas no setor agrícola
O deputado federal Jerônimo Goergen vai coordenar um colegiado de oito parlamentares para estudar o tamanho do endividamento dos produtores rurais e, posteriormente, propor formas de negociação com os bancos e empresas. Além da dramática crise que afeta o leite, outras culturas passam por dificuldades, como o arroz e o trigo. Com a crise do leite, provocada pela relação de custos com o preço pago, a estimativa é de que o valor atual pago pelo litro, na base de R$ 0,85, projeta perdas de mais de R$ 10 milhões por ano, só em Arroio do Meio. Entidades locais, lideradas pelo STR, Conar e Emater estão se mobilizando para reverter a situação.
Gastos dos Senadores
Desde o início da 54ª legislatura do Senado até o final do ano passado, a bancada gaúcha dos três senadores que representam o Rio Grande do Sul, Paulo Paim (PT), Lasier Martins (PSD) e Ana Amélia Lemos (PP) gastaram R$ 2.228.594,00. Este valor refere-se a verbas de gabinete que são usadas para locação de meios de transporte no seu estado de origem, pelos par-lamentares ou servidores comissionados. Não estão incluídos neste valor os gastos com passagens aéreas. No geral, entre os 95 senadores que já estiveram em atuação no Senado, o mais caro é João Capiberibe (PSB-AP); seguido por Wanessa Grazziotin (PCdoB –AM e Romeu Jucá (PMDB-RR). Juntos eles gastaram neste tipo de despesa R$ 4.164694,40. Da bancada gaúcha, por ordem quem gastou mais foi Paulo Paim (R$ 1.083.790,43); Lasier Martins gastou R$ 709.204,76 e Ana Amélia Lemos R$ 435.600,14, no período. A soma dos gaúchos,- R$ 2.228.594,94 é um pouco mais da metade do que gastaram os três do Norte.
OAS se une aos chineses
A OAS, uma das empresas envolvidas na Lava Jato pretende em 2018, buscar sua recuperação no mercado no ramo da construção. Para isto está buscando parcerias com empresas chinesas para se habilitar em contratos. Antes de entrar em recuperação judicial em 2015, OAS tinha 120 mil funcionários e faturava R$ 8 bilhões. Com sede na Bahia, no final do ano passado tinha apenas 20 mil funcionários e o faturamento não chegava a R$ 2 bilhões.

