Quero destacar a realização do Encontro Estadual do Jovem do Campo, fato acontecido na semana passada, quarta, quinta e sexta-feira, organizado e promovido pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), reunindo 320 jovens de todos os municípios do Estado, em que ainda há atividades vinculadas à agricultura familiar.
Muito sugestivo o tema do Encontro “O Jovem Fala”. Pois os jovens foram chamados para participar e debater as suas motivações, suas frustrações, dificuldades, seus anseios, necessidades, as condições de trabalho, acesso à informação, enfim, a realização de uma análise de sua conjuntura.
O jovem rural precisa falar, se comunicar e ocupar o seu espaço dentro de uma realidade que lhe apresenta muitos atrativos e convites para abandonar o árduo trabalho da lavoura e demais atividades vinculadas à produção primária. As tentações não lhe faltam.
É louvável a iniciativa das entidades de classe em oportunizar encontros desta natureza, com o envolvimento de profissionais habilitados a desenvolverem atividades educacionais e motivacionais. A troca de experiências, a discussão de assuntos comuns, enriquecem e ampliam a visão dos jovens, e certamente descobrem e encontram muitas razões para continuarem a sua profissão digna e de perspectivas.
“Sem jovens no campo, não teremos futuro na agricultura”, disse um dirigente sindical, afirmando ainda que o jovem, onde estiver, deve fazer a diferença.
VOLUNTARIADO
Na vida comunitária, nas entidades organizadas, nas associações ou nas sociedades, sempre existiu uma força, muitas vezes oculta, mas de uma grande importância para o bem comum, para a manutenção do bem-estar e o próprio desenvolvimento das relações humanas. É o trabalho voluntário. O cumprimento de tarefas, sem remuneração, sem o desejo de recompensa material ou de outra forma.
Refiro-me a este tema, pois há dias comentou-se sobre a existência e incidência da “praga” que é o mosquito borrachudo. É nesta época do ano que esse inconveniente bichinho se manifesta, causando um grande desconforto para quem trabalha, especialmente no interior.
Sucede que neste ano o volume de água dos arroios e córregos ficou alterado, bastante acima da média dos níveis recomendados para a aplicação do produto que controla a reprodução do mosquito. Em consequência desse fato os 27 voluntários que fazem as periódicas aplicações, não puderam agir no momento oportuno, resultando nessa infestação, só amenizada nos últimos dias.
Vejam só, quase 30 pessoas, de diversas localidades, fazendo uma ação pelo bem de todos. É um belo exemplo para ampliadas reflexões.
85 ANOS DE ARROIO DO MEIO
A edição, especial, do Jornal O Alto Taquari exalta hoje a data comemorativa dos 85 anos de emancipação político-administrativa do Município. Toda a história contada e cantada teve e tem a mão de todos os munícipes. Continuemos sendo uma terra de boas referências, de gente valorosa, onde se tem qualidade de vida e muitos valores sociais, culturais e expressões econômicas.