Todos nós já sabemos da existência de um novo vírus, ainda que não possamos enxergá-lo, somos constantemente alertados sobre sua forma de contaminação e possíveis consequências. O novo coronavírus – Covid 19, assola a humanidade e, diante disso, necessitamos de medidas rigorosas para manter nossa saúde física e mental.
Sendo assim, na odontologia não poderia ser diferente, uma área rica em aerossóis onde pode ocorrer uma ampla disseminação de vírus através das gotículas de saliva e/ou spray de água, todo cuidado é pouco. Neste ambiente, que já tem por rotina o uso do álcool 70 % para limpeza de superfícies, a troca de barreiras descartáveis e a utilização de materiais esterilizados, outras normas ainda mais rígidas foram estabelecidas pela OMS (Organização Mundial da Saúde), CFO (Conselho Federal de Odontologia) e CRO/RS (Conselho regional de Odontologia do Rio Grande do Sul), visando a proteção de vidas humanas.
Desta forma, antes mesmo de iniciar o atendimento clínico, é realizada a triagem do paciente para a verificação de possíveis sintomas da Covid-19. Considerando que o período de incubação do vírus, ou seja, o tempo entre o dia do contato com a fonte transmissora e o início dos sintomas, tem sido registrado entre cinco e 14 dias, é pertinente que essa janela temporal seja respeitada em pacientes suspeitos ou testados positivos (sob análise) para evitar a disseminação do vírus.
Entre tantas mudanças diante desta situação inusitada, diversas orientações são passadas ao paciente antes mesmo dele chegar ao consultório, dentre elas: chegar no horário da consulta e, se possível, não trazer nenhum acompanhante – a fim de evitar aglomeração na sala de espera; limpar os calçados em um tapete umedecido com água sanitária, na porta de entrada do consultório; higienizar as mãos com álcool em gel ao chegar na sala de espera. Além disso, o paciente é informado sobre as modificações que foram realizadas na rotina de trabalho, como por exemplo: permanência de todas as janelas do ambiente clínico abertas para circulação de ar, maior intervalo de tempo entre a troca de pacientes para que se possa proceder uma completa higienização das áreas comuns e desinfecção de todo o consultório com álcool 70 %, proceder a troca de barreiras descartáveis e a limpeza do piso com água sanitária. Especificamente na cavidade bucal, será realizada a antissepsia pré-operatória com um bochecho de peróxido de hidrogênio 1%, com o objetivo de reduzir a carga viral, pois estudos demonstram que o vírus pode ser vulnerável à oxidação.
Por isso, todo o paciente que esteja apresentando algum sintoma de resfriado, dor de garganta, febre, mal-estar ou mesmo se esteve em contato com alguém que apresentou os sintomas deverá, obrigatoriamente, desmarcar a consulta.
Nesse contexto, cabe ressaltar aos profissionais, a importância do uso de equipamentos de proteção individual (EPIs). O protocolo necessário prevê proteção de membranas mucosas de olhos, nariz e boca durante os procedimentos. O equipamento a ser utilizado deve ser selecionado de acordo com o tipo de atendimento neste momento de pandemia. Além dos equipamentos de proteção já utilizados como gorro, máscara, luvas, óculos e jaleco, se faz necessária a utilização de máscara do tipo N95 ou PFF2, protetor facial/viseira (face shield) e jaleco descartável sobre o jaleco convencional.
Portanto, a situação requer iniciativas coletivas de combate à pandemia, a serem pensadas entre sociedade civil, gestores públicos, pesquisadores e profissionais de saúde – objetivando uma execução com a finalidade de reduzir os prejuízos à população e minimização das consequências socioeconômicas em nosso país.
Em nome da saúde pública, não esqueça: evite abraços, beijos e apertos de mãos – nem por isso, deixe de adotar um comportamento amigável e empático, mas sem contato físico. E sempre que possível, o mais importante: mantenha o seu sorriso no rosto.
Não esqueça:
Lave com frequência as mãos até a altura dos punhos, com água e sabão, ou então higienize com álcool em gel 70%;
Ao tossir ou espirrar, cubra nariz e boca com lenço ou com o braço, e não com as mãos;
Evite tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas;
Ao tocar, lave sempre as mãos como já indicado;
Mantenha uma distância mínima de cerca de dois metros de qualquer pessoa tossindo ou espirrando;
Higienize com frequência o celular e os brinquedos das crianças;
Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, toalhas, pratos e copos;
Mantenha os ambientes limpos e bem ventilados;
Evite circulação desnecessária nas ruas, estádios, teatros, shoppings, shows, cinemas e igrejas. Se puder, fique em casa;
Se estiver doente, evite contato físico com outras pessoas, principalmente idosos e doentes crônicos, e fique em casa até melhorar;
Durma bem e tenha uma alimentação saudável;
Utilize máscaras caseiras ou artesanais feitas de tecido em situações de saída de sua residência.
Contem com os cirurgiões–dentistas, que são profissionais da saúde aptos a prestarem auxílio à população também neste momento de pandemia!


