SOLANO ALEXANDRE LINCK – Jornalista
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O TELHADO DE VIDRO E A NOVA RODA GIGANTE – A campanha de valorização do comércio local é importante para a geração de renda, impostos, para a união e solidariedade. Mas já tem questionamentos e gente desdenhando: o comércio valoriza os fornecedores locais? Por que alguns contratam consultorias e assessorias de fora? Por que uns pechincham aqui, mas “pagam pau” para empreender em outras regiões e outros segmentos? Por que em certos casos a vinda de investidores de fora é considerada atrativa, benéfica? Queremos depender e nos relacionar somente de clientes/parceiros locais? A união com “concorrentes” vai bastar?
O Vale do Taquari tem 350 mil habitantes e, por aqui, circulam milhares de pessoas de fora, que cruzam o RS. Gostamos de fazer caminhadas e reclamar. Cobramos e ganhamos dos políticos, mais do que educação básica, saúde e segurança pública – e nestes três quesitos, às vezes, nem valorizamos/aproveitamos.
Na economia, apesar da diversificação, há excessos do mesmo tipo de empreendimento, produtos e profissionais. E não há “espaço” para algo mais segmentado numa rua principal, por exemplo. Por fatores lógicos, uns vão ter custo operacional menor em seus diferenciais, e vão precisar inovar menos.
Possivelmente o ‘local’ para alguns novos tipos de comércio/empreendimento nem se adapte às salas comerciais novas, inspiradas nos hábitos de consumo de antes da covid-19. E quem vai sair perdendo pode nem ser os comerciantes dos itens de segunda necessidade, que, à primeira vista, parecem os mais afetados.
A coisa sofisticou e, enquanto consumidores, queremos ser surpreendidos, mas ainda não sabemos exatamente com o quê. Como sempre, não haverá mercado pra todos. Meia dúzia vai prosperar, outros falir. A maioria vai continuar trocando figurinhas, sobrevivendo.
A RESSURREIÇÃO DO PDT – A executiva do PDT de Arroio do Meio se reúne na noite de hoje, para definir a condução da escolha (pesquisa, consenso ou convenção) para o nome de vice na chapa com o PP. Tanto Adriana Meneghini Lermen, como Darci Hegessel, tiveram atuação importante na reconstrução do partido, que hoje é a terceira força do município. A união do partido pós-escolha, é fundamental, seja qual for a decisão. Mas o PDT pode e deve sonhar mais, inclusive com indicação de candidatos a prefeito no futuro, e não deixar se implodir por vaidades ou caciques.
NOVAS HABILIDADES – A menor quantidade de eventos públicos trará necessidades de adequações nas estratégias políticas. Muitos candidatos que se destacavam em meio a “multidões”, poderão ter dificuldades em manter a popularidade e preferência. A forma de chegar nas pessoas mudou e demandará de novas habilidades.
SENSAÇÃO DE PRECONCEITO – Muitas pessoas da terceira idade afirmam que já sentiam um preconceito antes da pandemia. “Só nos atendiam por obrigação ou por interesses. Estamos, definitivamente, sendo deixados de lado”, relatam
PRONTO PARA PRORROGAÇÃO E PÊNALTIS – O ex-prefeito Danilo Bruxel reconhece a superioridade do MDB, por estar dirigindo a máquina pública – “já me reelegi e sei da diferença que faz”–, e pela capilaridade e enraizamento da sigla nas instituições comunitárias, entidades e conselhos. Bruxel mantém a confiança na necessidade de mudança e acredita que o pleito inicia empatado em um terço para cada lado, e termina no dia da votação após a apuração da última urna. A oposição, pela primeira vez, contará com a experiência Áurio Paulo Scherer (PDT), que quer deixar seu legado na estruturação oposicionista.
VALORES – O ex-prefeito de Marques de Souza, Ricardo Gich deixou o cargo da Administração de Marques de Souza na virada do mês, por entender que não é ético presidir um partido e estar empregado na prefeitura.