A inundação da última semana trouxe muitos questionamentos a respeito da influência dos aterros na elevação das águas e se a cota de 32 metros ainda é segura para edificações e moradias. Construções feitas entre as alturas de 32 e 33 metros, já recebiam ressalvas por parte de departamentos regularizadores. A partir de agora, poderão ser exigidas mais adequações e até comprometer investimentos projetados pela iniciativa privada.
O coordenador municipal do Planejamento, Fernando Enéias Bruxel avalia que por se tratar de uma cheia histórica em toda a região, não se pode tomar esta elevação como uma referência. “Os aterros executados no município nos últimos anos não possuem potencial de impacto. Em cheias de menores proporções talvez influencie em uma menor escala. Cabe citar que no ano passado iniciamos debates com a comunidade em relação ao Plano Diretor. O assunto não teve relevância para os setores da construção, ramo imobiliário e profissionais da área. Mas agora com estes eventos, certamente na conclusão do trabalho e finalização do Plano Diretor, dentro dos próximos meses, este debate tem oportunidade de voltar a acontecer. A Administração Pública, juntamente com a comunidade, deverá avaliar qual é o planejamento que queremos daqui para a frente, em relação as cotas construtivas, e outras situações como permissões de aterros dentro das áreas inundáveis. Lembrando que atualmente são observadas as leis ambientais e de construção. Não se possui nenhum impedimento legal. A partir daí a comunidade pode fazer esta avaliação que será regulamentada dentro do Plano Diretor”, diz.