A arroio-meense Caroline Telöken Ruppenthal tem se destacado com seus trabalhos como modelo, figurando editoriais em revistas, ensaios e passarelas. Filha de Rosemere Telöken Ruppenthal e Erlon Ruppenthal, Carol é motivo de orgulho para a família por sua postura profissional, pela seriedade com que encara a carreira e por seu sucesso.
A modelo, com 20 anos de idade – completados ontem, 03/09 –, conta ao AT como começou na carreira da moda e sobre os trabalhos que realiza. “Minha vontade de estar no mundo da moda vem desde criança, quando eu brincava de ser modelo e de desfile com minhas amigas. Em março de 2011 distribuíram panfletos para seleção de modelos em frente à escola onde eu estudava, insisti com meus pais para me levarem. Resistiram, mas acabaram me levando e para nossa surpresa, gostaram muito do meu perfil e me aprovaram”, relata Carol.
A partir daí, participou de cursos e seleções para vários scouters (pessoas do ramo da moda que têm a função de descobrir novos modelos) na região. “Fiz parte de castings de agências infantis, porém não realizei nenhum trabalho. Em 2014 fui encaminhada pelo meu scouter para uma agência de modelos de São Paulo, com a qual fiquei em acompanhamento até completar 16 anos. Em janeiro de 2017, saí de Forqueta para morar e trabalhar em São Paulo, capital da moda no nosso país. Foi necessária minha emancipação para poder assinar contratos e viajar sozinha”, recorda.
Questionada sobre os tipos de trabalho realizados, Carol explica que, no meio da moda, os modelos trabalham com desfiles, revistas, editoriais, campanhas, comerciais de televisão e mídias sociais digitais, nacional ou internacionalmente. “Passamos temporadas trabalhando no Brasil e em outros países. Tive a oportunidade de trabalhar e morar por alguns meses em Paris (França) e Tóquio (Japão), que foram experiências excelentes. Até agora, sempre morei e viajei sozinha a trabalho”, completa.
Quando bate a saudade da família e dos amigos nestes momentos de distância, a jovem utiliza a tecnologia a seu favor (mensagens de WhatsApp, chamadas de vídeo). A vontade de viver esta experiência, trabalhar, conhecer outras culturas é um determinante para sempre seguir em frente.
Apesar de o mercado da moda ser muito importante e movimentar bastante a economia, Carol considera que a profissão de modelo ainda é desvalorizada. “Muitas vezes o modelo não é visto como profissional, embora a profissão seja reconhecida pelo Ministério do Trabalho”, opina, acrescentando: “Nestes anos em que estou trabalhando como modelo, percebi que o meio da moda está sendo mais inclusivo, o que é algo muito positivo. Está aos poucos, desconstruindo padrões, que ao longo dos anos foram vistos como únicos (por exemplo, modelos magras, de pele clara e loiras). Hoje percebe-se nas campanhas padrões bem distintos, dando visibilidade e representatividade a perfis que foram deixados de lado, como se não existissem, por muito tempo”.
O trabalho de Carol também foi afetado pela atual pandemia. Ela estava com tudo organizado para viajar e trabalhar na Cidade do México no primeiro semestre do ano, mas seus planos tiveram de mudar. “A melhor opção foi ficar em casa, em Forqueta, com a minha família, aproveitando esse período para cuidar do corpo e da mente; praticando atividades físicas diariamente, lendo e estudando de forma on-line. Espero, em breve, poder retomar meu trabalho; atingir minha independência financeira; viajar e conhecer outras culturas. Quem sabe, num futuro mais à frente, investir num projeto próprio, relacionado à moda”, finaliza.


