No início da semana o Brasil tinha vacinado 12,1 milhões de brasileiros com a primeira dose. Estes números vão avançando de forma lenta, considerando que há escassez de imunizantes no mercado. Não é diferente em muitos países da Europa. Em contrapartida o número já é bem superior do que representa a população total de muitos países como Israel por exemplo que tem uma população de 8,88 milhões de habitantes ou o Uruguai que tem uma população de 3,5 milhões de habitantes.
Em Arroio do Meio, na quarta-feira haviam sido aplicadas 2.841 vacinas. Por cautela, é bom que se diga, que mesmo vacinados, é preciso manter cuidados. É muito provável que a covid vai exigir um calendário regular de vacinas, como ocorre com a da gripe. Ainda não se sabe. Agora de manhã, avançamos, com aplicação da primeira dose para maiores de 69 anos e segunda dose para maiores de 83.
Vacinação em massa e união
Fortalecimento do Sistema Único de Saúde, nos âmbitos federal, estadual e municipal, com vacinação em massa, para minimizar e controlar a expansão do vírus foi defendida em reunião que ocorreu na quarta-feira de manhã, liderada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro com o STF, Câmara, Senado e Ministério da Saúde. Os participantes defenderam a união dos poderes e do povo brasileiro em torno de um pacto nacional, sem politização, diante da gravidade da pandemia.
Mais caro
A alta de preços de produtos e insumos desafia as famílias brasileiras. Gêneros alimentícios, materiais de construção, combustíveis, entre outros, obrigam as famílias a se reinventar nos gastos. Na alimentação, a procura por alimentos alternativos, como por exemplo maior consumo de ovos em vez de carne tem sido uma opção. Como boa parte da população urbana tem raízes no interior, o cultivo de hortas orgânicas, mesmo uma pequena, já traz um alívio para a cesta básica.
Trabalho e dignidade
Há semanas e meses, que a pandemia e a restrição de circulação de pessoas, com fechamento de muitos setores considerados não essenciais ativa o debate dos que estão a favor de fechar estabelecimentos, escolas, academias…. para conter o contágio do virus e dos que querem ter o direito de trabalhar, para manter a dignidade, a saúde mental, empregos, pagar as contas, não depender do Estado… É uma polêmica ingrata. De um lado, a falta de leitos, escassez de insumos, profissionais de saúde exaustos, famílias sofrendo, incertezas pessoais de como se manter imune para não ter de ser mais um, nos leitos de hospitais. Mas não há como negar, que grande parte dos que fazem coro ao “ fique em casa”, e defendem lockdown, são na maioria os que recebem o salário certo no final do mês, ou não olham para frente, nem imaginam o que pode vir.
Movimento
Em várias regiões do Estado, a exemplo de Lajeado e Arroio do Meio, há movimentos paralelos às entidades lutando pelo direito de abrir as portas amanhã, sábado. Em Arroio do Meio, o grupo está ativo há uma semana. Cada porta fechada representa, no mínimo, mais três empregos ou o ganha pão do autônomo e sua família de acordo com levantamento feito aqui no jornal com os que manifestaram sua intenção de abrir seu estabelecimento amanhã. Imaginem se isto acontece em Arroio do Meio e região que pela vocação agrícola, focada na cadeia alimentar, que desde o início da pandemia, há mais de um ano não parou, o quão dramática é a situação dos que vivem numa cidade grande dependentes de outras fontes de renda. Há uma inversão muito grande de valores.