Ana Hickmann denunciou o marido por violência e o tema das relações tóxicas, voltou com tudo ao noticiário. Eles tinham um longo relacionamento, pelo que entendi, ele gerenciava a marca da ex-modelo e empresária. Tudo certo para uma parceria bacana, já que não era dinheiro o problema do casal. Mas, as crises surgem em qualquer conto de fadas, imagine na vida real. Eu sugiro aos casais em conflito, ou na iminência, uma boa terapia ou, então, boas leituras sobre o tema. Por exemplo, quem sabe nas boas livrarias, não encontrem, em balaios de ofertas, o excelente “Paixões Tóxicas, Como Atravessar as Crises e Enriquecer a Vida a Dois”, assinado pelo psicólogo Bernardo Stamateas. Simples, direto, um autêntico guia da nova ortografia amorosa. Afinal, embora hoje seja mais fácil divorciar-se, tornou-se muito mais difícil encontrar uma parceria que valha a pena.
O autor divide o livro em dez capítulos, ensinando a superar as paixões das “emoções explosivas”, “modelos culturais”, “infidelidade”, “possessividade”, “estancamento”, “sexualidade tóxica”, “competitividade”, “desqualificação” e “crises financeiras”, finalizando com o título “paixão e amor”. Tudo bem explicado para que nós, tantas vezes irritadiços, competitivos e egoístas, não transformemos a vida a dois em uma biblioteca de mesquinharias.
O bom é compartilhar o calor dos edredons, sem culpas, em harmonia. É para isso que serve uma união dessa natureza. Stamateas enumera algumas formas “tóxicas” de se boicotar uma relação. Não há como não se achar em algumas delas. Por exemplo, esquecer datas importantes, fazer o parceiro ficar mal na frente dos outros, obrigar as crianças a ligarem no trabalho do cônjuge por coisas insignificantes, ser descuidado com a aparência, assumir o papel de vítima, gerar conflitos com os horários quando o parceiro tem algo importante para fazer, mostrar na frente dos filhos que o parceiro não tem razão, desautorizá-lo.
Escaparam da lista? Sejam sinceros. Mas tem mais. O que é mais chato do que ressaltar os erros do outro? “Adoecer” justo em datas importantes, não acompanhar o outro a eventos sociais ou ser pouco gentil neles, perder a hora quando o outro precisa de nós, esquecer de algo que o outro pediu especialmente, gastar o que haviam poupado em algo para si próprio, não se relacionar bem com seu entorno ou proibi-lo de ver certas pessoas.
Não é nada disso? Ah! É o fogo da paixão que está quase no fim? Stamateas preparou sete leis naturais para o sucesso sexual. Algumas podem soar óbvias, outras reafirmam aquilo que muitos tentam ignorar: sexo é fantasia e, com amor, é claro, torna tudo mais gostoso. Antes disso, exige privacidade, um necessário abandono, entrega e muita comunicação.
Se você não tem preconceito com literatura de autoajuda, quem sabe não está aí um bom encaminhamento para o verão que virá depois das chuvas? Feio é agir como um primata irascível. Se tudo der certo, a temporada será perfeita e os dias quentes, muito mais leves. Aos interessados, “Paixões Tóxicas” é uma publicação da editora Planeta, tem 176 páginas e custa menos de R$ 20.