Nasceu em 7 de julho de 1935, em Cruzeiro do Sul, Aloysio Antonio Weschenfelder. Um homem diferenciado e que lembra de sua infância um fato de um menino serelepe, quando caíra de uma árvore e quebrou o braço. De sua vivência na cidade vizinha, tem um histórico de muito trabalho; vendia leite e pepinos na cidade vizinha, Estrela durante um bom tempo, para ajudar na casa e no estudo de seus irmãos.
Veio para Arroio do Meio, jovem, e aqui começou, inicialmente como alfaiate. Depois, fez comercio em Porto Alegre, mas seu amor por Arroio do Meio falou mais alto e voltou e abriu o comércio que teve até poucos dias atrás.
Uma das coisas que mais se orgulha é pelo fato de ser cidadão arroio-meense, já que nutria muito carinho por essa cidade, além é claro da Forqueta, do qual era guardião e líder nato.
Não é difícil falar do homem que conduziu sempre sua vida com os valores de honestidade, trabalho, amor pela família, justiça. Pronto a todo momento, para ajudar as pessoas, daqueles que tirava o seu próprio casaco para dar para alguém que não tinha.
Ativo na comunidade foi uma de suas marcas mais conhecidas. Esse envolvimento se dava pela politica também. Seguiu um mesmo partido político, mas sempre respeitou a todos, pois acreditava no papel de ferramenta social da política e não na politicagem.
Homem de poucas palavras e de mais ação. Seus olhos azuis falavam o que sentia. Cuidava da família e queria que sempre fosse unida. Acreditava no poder de uma família.
Não teve uma vida fácil, aliás, muitas tragédias o assolaram, como a perda de um filho, de outro filho emprestado, e de duas esposas. Passou por um infarte. Mas nunca desistiu e levantava a cabeça e seguia vivendo com alegria.
Marcas de simplicidade encantavam as pessoas como acenar varrendo a frente de seu estabelecimento comercial, buzinar com seu carro e seu sorriso humilde.
Tinha muitos amigos. Sua energia e bondade realmente contagiava. Ele se alegrava com cada amigo, aceno, abraço, carinho e lembrança. Amigos em todas as partes e cidade.
Seja na bodega, nos clubes, a canastra não faltava e era seu maior hobby. Na jogatina fez amigos, além de sua terapia.
Ah, e o Internacional, sua paixão. Não perdia e assistia a todos os jogos; sofria e se alegrava com seu time de coração.
Viveu 88 anos intensamente e fazia planos para completar os 90 e fazer uma festa de parar qualquer lugar. Mas não sabemos os desígnios de Deus e com certeza ele precisava de um anjo para ajudá-lo no céu. Ele tinha uma espiritualidade bem consolidada e certamente vai chegar no céu com festa e muito esperado.
A doença o encontrou há um ano, e desde então, as idas a médicos e hospitais o acompanhavam. Nunca perdeu a esperança, embora nos últimos tempos percebíamos que seu deu conta de que o corpo não aguentava mais. O guerreiro lutou, mas, descansou.
Não tenho dúvida, de que chegando no céu vai jogar aquela canastra, falar de política, do futebol, de sua cidade, família e tantos amigos.
Nos últimos dias, se dando conta de sua finitude, repetia várias vezes, que tinha cumprido sua missão e na felicidade de ter vários amigos.
Alves, Aloysio, Senador da Forqueta, Weschenfelder, vá em paz. Por aqui ficarão as lembranças e os momentos vividos contigo.
Da filha que usou esse espaço e a arte da escrita para dizer o quanto, não só para mim, foste diferenciado. Homenageaste muitas pessoas, hoje, neste momento tão triste, o homenageado é você.
P.S. te amo

