Não teve um assunto, recentemente, mais comentado, que o da morte do Santo Padre, Papa Francisco. Sem dúvida, um líder admirado, independente do credo religioso, pois sabia liderar os seus e tantos outros que viam coerência em suas falas e ações e enxergavam luz e voz na luta contra o preconceito, guerra, males da sociedade. E, até antes da morte nos deu grandes lições e vamos a algumas delas que me chamaram atenção.
Agradecer ao seu enfermeiro particular nos mostra um grande ensinamento que é o de reconhecer aquelas pessoas que nos ajudam, que estão do nosso lado, seja nos bons e maus momentos. Gratidão é um valor que tem que ser demonstrado, diariamente e em momentos importantes. Agradeça quem te ajuda, quem está do teu lado. As palavras têm poder e você pode através de um simples obrigado deixar uma pessoa muito feliz. Às vezes não nos lembramos de fazer isso, pois a pessoa está conosco o tempo todo e nós – no piloto automático – não fizemos achando que ela sabe ou que isso é obvio. Mas o óbvio precisa ser dito. E expressar sentimentos sempre é válido e nobre.
Usar os sapatos velhos, o Papa quis na sua morte. Ele os usava quando era cardeal e isso nos mostra, de novo, a humildade que ele tinha. Com eles teve uma forte ligação com a comunidade, visitou os mais pobres, percorreu caminhos de guerra e foi ao encontro dos mais necessitados, dos que precisavam de sua Palavra e um ânimo para continuar. Use seus sapatos para semear o Bem, que eles estejam bem surradinhos, pois, assim, mostrarão o quanto você percorreu caminhos em prol de ajudar as pessoas. Que seus sapatos mostrem o quanto você não para e quer construir um mundo melhor, mais justo, mais humano. Precisamos ainda de muitos passos dos sapatos das pessoas, pois não dá para ficar em casa vendo tanta coisa acontecendo, tanta gente precisando de ajuda, tanta coisa a ser feita, ações do Bem para serem concretizadas, tanta cultura e educação a ser levada para diferentes cantos, tanta paz a ser semeada pelo mundo. Que todo mundo tenha um sapato velho e possa colocá-lo na sua morte, simbolizando muita experiência e muito caminho do BEM trilhado.

