
Foi divulgada esta semana uma pesquisa feita pela Atlas/Bloomberg que aponta que 60,2% aprovam por exemplo, a política externa feita pelo Governo Lula. Os dados saem justamente em um período que a promessa de tarifaço dos produtos brasileiros pelo Governo Trump assombra a vida dos brasileiros. Em novembro de 2023, este índice era de 49,6% com os que aprovavam enquanto 47,3% desaprovavam.
Muitas pesquisas podem ser questionadas pelo seu propósito, pelo seu financiamento, pelos seus interesses de ocasião e conveniência e viram manchete em boa parte da imprensa nacional para dar visibilidade política. Não podemos negar que apesar de levantamento de dados para averiguar tendências, elas são peças de marketing, usadas também de forma estratégica para beneficiar este ou aquele governo.
Ao levantar dados, as pesquisas trazem informações interessantes, mas estas nem sempre aparecem devidamente interpretadas ou cruzadas na mídia. De qualquer forma, a população tem boa noção do que se passa, mas não entende toda a complexidade e contexto que envolve a geopolítica internacional, a conjuntura econômica, os conflitos mundiais que estão em transformação há alguns anos e impactam na vida da população, que muitas vezes sofre na mão de despreparados, ditadores ou interessados em se manter a qualquer custo no poder.
A Revista Crusoé apresentou uma análise dos números que fazem parte da pesquisa Atlas /Blomberg feita entre 11 e 13 de julho e que desmistificam algumas manchetes que alardeiam a imagem positiva do Governo Lula em relação à política externa. Pelo contrário.
Mapa das relações – Questionados sobre de que países o governo brasileiro está mais próximo e mais distante do que deveria, boa parte (49%) dos 2.841 eleitores ouvidos, acha que o governo petista está mais próximo da Venezuela do que deveria. O mesmo se aplica ao Irã (46%); Cuba (45%); Rússia (41%). A lógica se inverte, quando se trata da Argentina, da qual o governo está mais distante, e no entender de 54% dos entrevistados deveria estar mais próximo. O mesmo se aplica aos Estados Unidos (48%); Ucrânia (41%); Alemanha (46%) e Reino Unido (48%).
Muitos setores do Brasil e a própria revista defende que o anúncio da tarifa para produtos brasileiros foi feito na esteira da cúpula dos Brics, bloco liderado por Rússia e China que se apresenta como alternativa aos Estados Unidos. Na reunião de cúpula do Brics, ocorrida no Rio de Janeiro e que foi menos prestigiada do que esperava o Governo, o presidente Lula fez um desafio extra aos americanos, repetindo em seu discurso, disposição de uma nova moeda, falando contra o dólar como moeda de referência internacional. Nem a Rússia concordou com a menção.
Bravatas – Nesta esteira de se aproximar e defender ideologicamente países mais alinhados à esquerda, de fomentar divisões entre classes, o sindicalista Luis Inácio Lula da Silva, o nosso excelentíssimo senhor presidente da República, não parece disposto a governar acima da ideologia e promover boas relações comerciais internacionais. Recebeu com honrarias Nicolas Maduro, deu asilo político à ex-primeira dama do Peru, condenada por corrupção e tirou foto defendendo liberdade da ex-presidente Cristina Kirchner, condenada pela justiça da Argentina por corrupção em obras públicas. No caso da guerra entre Rússia e Ucrânia em entrevista internacional, atribuiu a culpa à Ucrânia, quando na verdade foi a Rússia que invadiu. Internamente disse em uma ocasião pública, que o Brasil resolveria a questão num bar…. As gafes são muitas, embora ignoradas e pouco criticadas, não somam para nossa imagem internacional.
Desde a semana passada ganharam proporção midiática, as falas dirigidas ao empresário e presidente americano Donald Trump. Ao criticar eventuais bravatas do seu colega presidente, fala também de si mesmo. “Tem um tipo de político que vive de bravata. O presidente Trump fez a campanha dele assim…” “… essa gente não vai brincar com o Brasil…” “… ninguém porá medo neste país com discurso e bravata” … ( falas ditas em discurso público pelo presidente Lula).
Quem são os maiores parceiros comerciais
Os cinco maiores parceiros comerciais do Brasil atualmente são a China, os Estados Unidos, Argentina, Holanda e Espanha.
Diante da diversidade de produtos e setores da economia brasileira, o país consolidou ao longo dos anos parcerias e acordos estratégicos e multilaterais importantes para o desenvolvimento da economia.
