
A Receita Federal está com uma proposta em andamento no sentido de tornar obrigatória a definição de regime tributário de novas empresas – Simples, Lucro Presumido, Lucro Real – antes da emissão do CNPJ. O argumento da Receita é de que isto evitaria distorções de retroatividade no tratamento fiscal. A medida que faz parte de um dos módulos da Reforma Tributária é para entrar em vigor no fim do mês, e é criticada por entidades como a Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis, Juntas Comerciais e Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Elas entendem que a medida representa um retrocesso e vai dificultar a abertura de novas empresas, porque fica difícil já no começo do funcionamento ter uma visão clara do regime a ser adotado. Para tal, precisariam contratar uma assessoria técnica e nem sempre tem recursos para tal. Atualmente a abertura de uma nova empresa pode ser feita em poucos minutos, através da plataforma Tudo Fácil Empresas – criada pelo governo gaúcho para simplificar os processos. No primeiro semestre de 2025 foram abertas 155.118 novas empresas no RS, segundo a JUCIS/RS, maior número desde o início da série histórica de 2003.
Editorial feito pelo Jornal do Comércio no dia 24 de julho defende que a nova etapa proposta pela Receita Federal, pode colocar o Brasil na contramão da busca da simplificação e digitalização de empreendimentos.
Dois dias
O prefeito Sidnei Eckert ficou satisfeito com o movimento da Feira Gastronômica e anunciou que poderá ser feita em dois dias, na próxima edição. Apesar do tempo chuvoso, a movimentação começou antes da abertura e seguiu até o fim do dia com fluxo permanente de público. Os feirantes também gostaram. Receberam apoio da administração para darem visibilidade às suas marcas e venderam bem. Quem visitou a Feira teve oportunidade de fazer compras, levar para casa ou saborear no próprio local. A exemplo de outras edições, sempre se apresentam novos empreendedores, produtos e marcas.
Trump assina tarifaço para produtos brasileiros com exceções
Em meio a um turbilhão de notícias diárias, muitas das quais, viram apenas manchete, o fato é que hoje, 1º de agosto, deveria iniciar o tarifaço. Mas, na quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos assinou a sobretaxa de produtos para começarem a valer em sete dias (6 de agosto). Na longa lista que faz parte do documento, são abertas 694 exceções entre as quais importantes produtos como celulose, aviões, suco de laranja, minério de ferro, petróleo e derivados, carvão, óleo, madeira, celulose, alumínio, equipamentos elétricos, móveis de metal e plástico… Continuam sob taxação, café, cacau, carnes, armas, tabaco, frutas, máquinas agrícolas, calçados…
O AT ouviu dois economistas (páginas 10 e 11), matérias escritas no começo da semana, que avaliaram a possível taxação e os impactos das políticas de exportação para o Brasil, portanto antes das novas medidas.
As negociações continuam e o assunto deverá ter muitos desdobramentos nos próximos meses. Esperamos que o governo e sua diplomacia saibam considerar o Brasil como sendo de todos os brasileiros e não de uma parcela. Uma das preocupações que está no radar é em relação a quem compra produtos da Rússia. O governo americano está preocupado em acabar com a guerra na Ucrânia e Rússia e por isto pode haver retaliações para quem indiretamente alimenta o conflito, comprando da Rússia.
Alta do IOF
A recente decisão do governo federal de aumentar o IOF (aumentar o imposto sobre Operações Financeiras para 3,5%,) representa uma preocupação a mais para o cenário desafiador para quem empreende neste país. Muitas empresas estão endividadas, os juros estão altos e o governo gasta ao seu “bel-prazer” sem comprometimento sério com o futuro da Nação. Vilson Noer, presidente da Federação AGV, em um recente artigo disse que fica difícil para muitos empresários fazer investimentos que além de juros também pagam o IOF. “… se antes você pegava um empréstimo de R$ 10 mil por um ano o IOF era de R$ 38 (0,38), com a nova alíquota passa a R$ 350. O aumento do custo do crédito encarece investimentos e inibe o crescimento, reduz a competitividade e compromete geração de empregos e renda. Investir deveria ser incentivado e não punido.”
Hotel em Capitão
O prefeito de Capitão, Maninho da Costa, está em busca de investidores para a construção de um hotel no município, para valorizar a importância de iniciativas nesta área e pela crescente demanda de turistas na região, especialmente em Encantado, depois da inauguração do Cristo Protetor. Capitão, com ligação asfáltica por Arroio do Meio e Encantado quer fazer diferença.