
O município de Travesseiro foi contemplado com recursos do governo do Estado do Rio Grande do Sul, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social, para a construção de uma sede própria do Centro de Referência de Assistência Social (Cras). Um investimento de R$ 500 mil. O anúncio foi publicado no Diário Oficial.
Atualmente, o serviço de atendimento é realizado em prédio alugado, com limitações de espaço e estrutura que impactam diretamente na qualidade e na privacidade dos atendimentos. Com a nova sede, será possível centralizar todos os serviços em um único local, com salas divididas por áreas, espaço adequado para acolhimentos sigilosos e maior qualificação no atendimento à população.
A Secretária Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação, Adriana Southier, detalha que o novo prédio será instalado no considerado “novo centro” do município, em uma das quadras próximas ao moderno Centro Administrativo. Ela lembra que o projeto é uma reivindicação antiga: “Desde 2021 estamos pleiteando junto com a prefeitura e equipe técnica uma sede própria. Sabemos que há muito tempo o governo federal não tem investido em estrutura física para os serviços da assistência social, por isso essa conquista é tão significativa”, explica.
O prefeito Gilmar Southier comemorou a conquista. “Ano que vem o Cras completa 20 anos de existência. Queremos entregar mais essa obra para a comunidade. Agradecemos ao secretário Beto Fantinel, ao deputado estadual Vilmar Zanchin (MDB) e ao assessor, além de toda a equipe do Cras que esteve envolvida nesse processo.”
Mais do que uma estrutura física, a nova sede vem ao encontro da política de acolhimento promovida pela atual gestão. “O Cras está de portas abertas para toda a população. Não fazemos distinções e nosso foco é trabalhar com prevenção de riscos, principalmente em tempos de calamidade”, reforça Adriana.
ATENDIMENTOS MENSAIS
De acordo com o coordenador do Cras, Evandro Zanatta, o serviço tem desempenhado papel essencial na proteção social básica do município, atendendo mensalmente cerca de 250 pessoas em grupos e mais de 100 em atendimentos individualizados. Atualmente, 13 famílias do município são beneficiárias do Programa Bolsa Família, sendo que cinco estão em fase de permanência temporária, após terem ampliado sua renda com ingresso no mercado de trabalho. Mesmo sendo um município de pequeno porte e com apenas um equipamento público na área da assistência social, a equipe do Cras também assume, quando necessário, atendimentos de média e alta complexidade.
Entre os serviços oferecidos estão o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF), que realiza ações como visitas domiciliares, oficinas e acompanhamento familiar; o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), com grupos voltados a idosos e adolescentes; e o Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio, destinado a pessoas com deficiência e idosos com dificuldades de acesso aos serviços públicos. Além disso, o Cras realiza a concessão de benefícios eventuais, como cestas básicas, auxílio-natalidade, auxílio-funeral, entre outros, para atender situações de vulnerabilidade temporária.
Na área habitacional, o município encaminhou 18 famílias afetadas pela enchente para programas do governo federal, como o Compra Assistida (urbano) e o Minha Casa Minha Vida (MCMV) Rural. No entanto, nem todas se enquadraram nos critérios exigidos ou retornaram às suas residências com recursos próprios e auxílio da Prefeitura. Até o momento, nenhuma das famílias foi efetivamente contemplada pelos programa


