O produtor Joel Mörs implantou recentemente em sua propriedade, em Picada Arroio do Meio, uma tecnologia inovadora para o manejo de suínos que morrem dentro da granja: o desidratador de carcaças, equipamento que funciona de forma semelhante a um cremador. O investimento, que contou com um subsídio municipal de R$ 6,2 mil, veio do Paraná e começou a ser utilizado em junho deste ano.
Segundo o produtor, o equipamento representa um avanço em relação ao método anterior, que consistia em esquartejar os animais e destiná-los à composteira, com serragem e água. Agora, os suínos são colocados no desidratador, onde permanecem por cerca de cinco horas, a uma temperatura média de 170 graus a 200graus. O processo tem capacidade de eliminar aproximadamente 30 quilos por hora.
“Essa máquina possibilita fazer o manejo correto do descarte dos animais que acabam falecendo na granja, seja por morte súbita, doenças respiratórias ou outros fatores. Antes, o destino era a compostagem. Hoje, com o desidratador, temos um processo mais higiênico, eficiente e ambientalmente seguro”, explica.
Ao final do processo, os ossos são reaproveitados como combustível na fornalha, transformando-se em farinha de osso, que pode ser utilizada como adubo orgânico. Já a massa resultante da desidratação pode servir como fonte de fibra alimentar para bovinos ou peixes — prática semelhante ao que já fazem indústrias de processamento de resíduos animais. Por enquanto, o produtor destina o material à composteira, já que não possui bovinos na propriedade.
O uso do desidratador de carcaças garante vantagens ambientais e sanitárias, ao evitar contaminações e reduzir riscos de transmissão de doenças, além de dar destinação útil aos subprodutos. Para Joel, trata-se de uma tecnologia que vem para somar à suinocultura, trazendo sustentabilidade e inovação ao setor.


