Os projetos de melhorias nas redes de abastecimento de energia elétrica nas comunidades rurais do município são fatos muito importantes. Durante longos anos, inúmeros produtores rurais vinham acumulando prejuízos por não poderem ampliar suas atividades, nos seus estabelecimentos, por falta de energia. E por maior mobilização que tenha sido desenvolvida, não se conseguiu as soluções desejadas.
As concessionárias AES Sul e Certel estão agora fazendo uma operação elogiável e que ajudará a mudar a situação do interior, para melhor, mais conforto e melhores condições de trabalho e de produzir.
O que se tem percebido, ultimamente, é uma certa disputa quanto aos méritos da dita “conquista”. O caso parecia enveredar para o campo político, até que alguns pontos foram esclarecidos, elucidados.
Pois, a partir de um pedido de informações do vereador (suplente) Paulo Alécio Weizenmann, o governo municipal manifestou-se dizendo que os recursos investidos (em torno de 500 mil), vêm de fora, resultado de ações conjuntas entre Executivo, Legislativo e usuários.
É evidente e compreensível que exista a tentação ou a inclinação de utilização desse tipo de oportunidades para uma propaganda governamental ou até política. Só que quando se trata de recurso público, independente de que ente ou de que esfera vem a ser, há regras, orientações, legislação a ser considerada. Pressupõe-se um tratamento igualitário, um atendimento justo, em que todos os usuários tenham a mesma atenção e recebam os mesmos benefícios.
Que bom que diversas localidades já foram atendidas com as melhorias, custeadas com recursos externos, e fica a torcida para que todos os ainda não atingidos nesta primeira etapa passem a ser os próximos beneficiados, sendo importante manter-se mobilizados e vigilantes, acompanhando, inclusive, na condição de fiscalizadores, os serviços em execução.
Agroindústrias
A segunda edição da Agroind, realizada há duas semanas, intensificou o debate sobre a importância das agroindústrias familiares. Especialmente os aspectos legais, de regularização e de sua habilitação, através de sistemas de inspeção (Suasa) motivaram a busca de urgentes soluções, tendo os governos estadual e federal assumido um compromisso de viabilizar o setor.
Enquanto as questões legais ainda afloram, empreendedores tratam de estabelecer-se, como é o caso da agroindústria de produtos lácteos, no município de Travesseiro. Segundo informações, existem ainda alguns obstáculos, na área ambiental, a serem superados, mas deve estar bem próximo o início da construção das instalações. Esta diversificação e interiorização de indústrias tem um sentido bem especial para a região.
Plano Safra do Estado
Conforme comentado em um tópico desta Coluna, na semana passada, o município de Sério foi palco do anúncio, pelo governador Tarso Genro, do Plano Safra Estadual 2011/2012, que terá recursos financeiros da ordem de 1,1 bilhão de reais.
Nesse plano, destaco dois pontos: um crédito fundiário para jovens agricultores e a destinação de recursos para a cadeia produtiva do leite. Com a soma dos dois fatores, poderemos ter resultados muito significativos, pois a atividade de produção de leite e a manutenção do jovem no meio rural formam uma associação/cooperação positiva.