As visíveis vantagens aos produtores, apontadas pelos gestores do programa, já estão sendo cobradas. Cristiano Hüther, jovem produtor de São Caetano, reclama que a propriedade foi atestada pelos veterinários livre da doença nas três varreduras de testes e, passados mais de seis meses, ainda não recebeu a certificação pelo Mapa. O chefe da Inspetoria Veterinária de Arroio do Meio, Luiz César Cougo, confirma que o projeto já aplicou cerca de 102 mil testes nos seis municípios da Comarca e que 98% das propriedades foram visitadas. O atraso da entrega da certificação do Mapa, segundo Cougo, está na estrutura conjuntural do programa: “Em primeiro lugar falta educação sanitária; poucos veterinários habilitados; poucas planilhas entregues porque os dados verificados entre a 1ª até a 3ª visita não fecham num grande número de propriedades (muitos produtores não conseguem justificar o aumento ou a diminuição do número de animais adquiridos sem a comprovação da Guia de Transporte Animal e o atestado sanitário do animal, através do nº do brinco). Este é o principal entrave da questão”, adverte Cougo. Segundo ele, as planilhas deveriam estar em poder do Mapa para análise e conferência, mas o órgão também não tem estrutura de pessoal. Tem ainda as propriedades que registraram focos das doenças e que continuam passando pelos testes e a falta de verbas para financiar o programa, argumenta o médico veterinário. A complexidade da análise das planilhas com a realidade das propriedades deverá forçar um trabalho conjunto entre o Mapa, Prefeituras e Inspetoria.
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