O prolongado período sem chuvas ou de poucas precipitações confirma cada vez mais o registro de prejuízos em lavouras, de pastagens e do cultivo do milho, além da redução, em percentuais bastante elevados, na produção de leite.
Em várias regiões do Estado, já há falta de água para o consumo humano, fazendo com que as prefeituras tenham que se organizar para transportar água em veículos, caminhões-pipa, socorrendo, desta forma, em especial as famílias que residem em áreas mais afastadas dos centros urbanos, onde normalmente existem os sistemas de abastecimento públicos.
Inúmeros municípios dos vales do Rio Pardo e Taquari estão elaborando laudos de avaliação com relação à extensão da seca e, se for o caso, na sequência, deverão tomar os procedimentos legais para a decretação de situação de emergência, habilitando-se a buscar apoios nos governos estadual e federal, para fazerem frente aos danos e perdas constatadas.
Os municípios da nossa região estão sendo afetados de forma bem intensa, pois aqui cultiva-se as lavouras de milho em grande escala que seria utilizado na alimentação do rebanho de leite. Não havendo o desenvolvimento desta cultura, diminui o volume de silagem para os animais.
Com relação à produção de leite, estima-se que já se registra uma queda de mais de 30% na produção diária. Isso representa uma elevada soma de dinheiro que deixará de circular na economia, sem perspectivas de uma recuperação a curto prazo.
Embora as atividades de produção de suínos e frangos de corte não dependam diretamente da produção de cereais, a angústia dos integrados refere-se à possibilidade de vir a faltar água para o consumo desses rebanhos. Certamente alguns estabelecimentos não escaparão desse problema e aí precisaram de um esforço concentrado de vários setores para superar e amenizar as consequências decorrentes. Esperamos que o Papai Noel traga um alívio para todos nós, presenteando-nos com boas chuvas, restabelecendo, assim, o verde dos campos e temperaturas menos insuportáveis.
O celeiro do Brasil
O Rio Grande do Sul parece ter recuperado a condição de maior produtor de trigo do País. Dados revelados pela Emater-RS dão conta que o Estado produziu em 2011 um total de 2,132 milhões de toneladas de trigo, ou seja, 13,30% mais do que no ano anterior.
Apesar do significado desta informação, há de se registrar que a comercialização do cereal está praticamente paralisada, o que não assegura a necessária transformação da colheita em geração de renda para os produtores. Aliás, possivelmente tenhamos que assistir novamente a cena de o trigo ser destinado ou utilizado para ração animal, em razão de seu preço baixo no mercado.
O estado do Paraná, que vinha sendo o maior produtor de trigo, não se conforma com a inversão da posição com o RS, mas parece que o que causou este quadro foi a menor produtividade alcançada pelos produtores paranaenses, que ocupam uma área até maior.
Nos bastidores
Nesta semana, antes da sessão da Câmara de Vereadores, nos bastidores, comentava-se sobre o tanque de abastecimento das máquinas do município e que continua instalado em Linha 32. Houve, há algumas semanas, um pedido de retirada do equipamento, enquanto outros reivindicam a volta da máquina, quando o tanque teria novamente utilidade.
FELIZ NATAL a todos, especialmente aos leitores e colaboradores desta Coluna!