Na opinião de Jucelaine Manfroi, psicóloga da Prefeitura de Travesseiro, esses fatores podem, sim, estar correlacionados, sendo que nossas vidas sofrem constantes transformações diariamente.
Conforme explica a psicóloga, o estresse é a soma das perturbações físicas ou psíquicas provocadas por traumas, emoções, choques cirúrgicos, intoxicações e fadigas: “Quando essas perturbações se apresentam de modo súbito e agressivo, como mecanismo de defesa, o organismo reage produzindo hormônios como a adrenalina, aumentando o batimento cardíaco e acelerando a respiração. Voltando ao seu funcionamento normal, logo depois de passada a situação.” Todavia, ela alerta: quando o estresse é contínuo, pode-se desenvolver doenças como: insônia, tremores, fadiga constante, taquicardia, hipertensão e gastrite ou úlcera. Levando, inevitavelmente, à extrema ansiedade.
Ansiedade, de acordo com Jucelaine, é a sensação injustificada de perigo iminente, insegurança e incerteza, provocada por transtornos afetivos e intelectuais. Deixando a pessoa apreensiva e angustiada. É natural, por exemplo, a ansiedade que se sente à medida que se aproxima o dia de se prestar exames do vestibular.
Já a ansiedade patológica, por sua vez, é aquela que deixa a pessoa com medo ou tensão por um período prolongado. Ela vivencia os problemas sem desligar-se deles e chega a imaginar problemas inexistentes, provocando reações rápidas e enérgicas do organismo, causando dores de cabeça, náuseas, insônia, dores difusas, gastrite ou úlcera e problemas de ordem sexual. Gerando um medo excessivo e prejudicial, sendo que o medo é um sentimento comum a todas as pessoas, mas quando se vêem frente a um perigo real e iminente, tal como catástrofes, incêndios, panes, etc.
Quando tais sintomas se agravam poderão tornar-se patologias, como fobias, síndrome do pânico e depressão: “Quando estes sintomas são constantes e passam a atrapalhar até mesmo coisas comuns que a pessoa realizava naturalmente, o mais indicado e correto é buscar ajuda profissional no consultório psicológico ou psiquiátrico. Até mesmo ao médico clinico só se deve ir quando encaminhado por um profissional da área da medicina comportamental: psicólogo ou psiquiatra.”
Jucelaine conclui afirmando que em alguns casos o paciente terá que ser medicado e realizar sessões de terapia, em outros, somente as sessões de terapia poderão auxiliar a pessoa a lidar melhor com seus medos, angústias e as mais diversas preocupações que lhe estão afetando.