Nesta edição o AT continua na divulgação dos preparativos para a aventura de Gilmar Sbruzzi e Felipe Trasel, que viajam de moto até Machu Picchu. A saída está prevista para o dia 20 de abril. Até a data da viagem os leitores do AT podem acompanhar mais detalhes desta aventura sobre duas rodas. Depois os viajantes vão enviar notícias diariamente, quando for possível, que poderão ser acompanhadas no site do AT: www.oaltotaquari.com.br. Confira abaixo a programação da viagem, dando continuidade ao publicado na edição passada. Na semana que vem tem mais detalhes desta aventura.
“Após conhecer Macchu Picchu e o Vale Sagrado dos Incas, iniciamos o retorno, a próxima parada será na cidade de Cusco (em quechua Qosqo ou Qusqu), onde ficaremos um dia para conhecê-la, com população de 300 mil habitantes, é a capital do departamento de Cusco e da província de Cusco, está localizada a 3400 metros de altitude. Seu nome significa “umbigo”, no idioma quechua. Era o mais importante centro administrativo e cultural do império inca. Lendas atribuem a fundação de Cusco ao Inca Manku Qhapaq no século XI ou XII. Depois do fim do império, em 1532, o conquistador espanhol Francisco Pizarro invadiu e saqueou a cidade. A maioria dos edifícios incas foram arrasados pelos católicos com o duplo objetivo de destruir a civilização inca e construir com suas pedras e tijolos as novas igrejas cristãs e demais edifícios administrativos. A maioria dos edifícios construídos depois da conquista é de influência espanhola com uma mistura de arquitetura inca, inclusive a igreja de Santa Clara e San Blas.
Após conhecer a cidade de Cusco e Machu Picchu, iremos descer até a cidade de Nazca, passando por uma das estradas mais cansativas de toda viagem, o trecho de Cusco até Nazca, passando pelas cidades de Abancay, Chalhuanca e Puquio, é extremamente sinuoso, com curvas de mais de 180º e altitudes extremas, chegando a quase 5000 metros de altitude, é um caminho de aproximadamente 650 quilômetros que podem ser feitos ou não em um dia. Nesse trajeto poderemos pegar neve.
Em Nazca situam-se as famosas Linhas de Nazca que são um conjunto de geóglifos antigos localizados no deserto de Nazca, no sul do Peru. Eles foram designados como Patrimônio Mundial pela Unesco em 1994. O alto planalto árido se estende por mais de 80 quilômetros entre as cidades de Nazca e Palpa nos Pampas de Jumana, cerca de 400 quilômetros ao sul de Lima. Embora alguns geóglifos locais lembrem a cultura de Paracas, estudiosos acreditam que as Linhas de Nazca foram criadas pela civilização de Nazca entre 400 e 650 d.C. As centenas de figuras individuais variam em complexidade a partir de simples linhas até beija-flores estilizados, aranhas, macacos, peixes, tubarões ou orcas, lhamas e lagartos. As linhas são desenhos rasos feitos no chão, removendo as pedras avermelhadas e destacando o chão esbranquiçado por baixo. Centenas são simples linhas ou formas geométricas, porém, existem mais de 70 desenhos de animais, aves, peixes ou figuras humanas. Os maiores têm mais de 200 metros de diâmetro. Os estudiosos divergem na interpretação dos efeitos dos projetos, mas eles geralmente atribuem um significado religioso para eles. Os desenhos geométricos poderiam indicar o fluxo de água ou estarem ligados a rituais para convocar água. As aranhas, pássaros e plantas poderiam ser símbolos de fertilidade. Outras explicações possíveis incluem: sistemas de irrigação ou gigantes calendários astronômicos. Devido ao clima seco, sem vento e estável do planalto e ao seu isolamento, a maior parte das linhas foram preservadas.
Depois de visitar as Linhas de Nazca, voltaremos pelo litoral peruano, passando pelas cidades de Camaná, Arequipa, Moquégua e Tacna novamente, até a divisa com o Chile, continuaremos descendo até a cidade de Antofagasta, onde iremos visitar a famosa Mão do Deserto que fica a 75 quilômetros ao sul da cidade, escultura criada pelo artista chileno Mario Irarrázaba. Voltaremos por San Pedro de Atacama e pelo Paso Jama, passando por Salta, nesse ponto mudaremos o roteiro da volta, desceremos até Santiago del Estero e Rosário, em direçao ao Uruguai, cruzaremos pela cidade de Gualeguaychu e iremos até Montevideu e Punta del Este. Após visitar a cidade retornaremos ao Brasil pelo Chuí e depois voltaremos por Pelotas, Porto Alegre até chegarmos em Arroio do Meio.”