Foi mais um dia incrível, afinal era nosso principal destino, Machu Picchu. A viagem que tanto sonhamos, planejamos, enfim estava se concretizando. Saímos cedo, pegamos o primeiro trem, e chegamos em Águas Calientes por volta das 7:40. Compramos os tickets para subir até Machu Picchu e assim que chegamos, já pegamos um guia para nos mostrar toda a cidade. Foi incrível, não parecia ser verdade que estávamos lá. Conhecemos cada canto da cidade e por último subimos Waynapicchu, achávamos que era uma subidinha tranquila, que nada, hahahha, foi quase 1 hora de subida por cantos da montanha, pedaços de escada feitas em pedra que trilhavam montanha acima, foi cansativo, suamos muito, mas chegamos lá. A vista é show de bola também, se vê toda a cidade de cima da montanha, ela parece um condor. Acabamos encontrando dois paulistas e ficamos conversando com eles, haviam feito a trilha salkantay. Voltamos a cidade perdida pra tirar mais algumas fotos e depois descemos até Águas Calientes para comprar as lembranças para os familiares, perniamos como nossas patroas fazem quando vão comprar algo, caminhamos umas 10 vezes por cada tenda e depois compramos os presentes. Fomos para a estação de trem e ficamos aguardando nosso trem partir. Foi um dia pra ficar marcado na memória pra sempre, até agora não parece que estivemos lá, mas sim, conseguimos!
01/05 – 12º dia – Ollantaytambo/Chalhuanca
“Sabíamos que o dia ia ser puxado, ainda mais porque estávamos cansados do dia anterior e tínhamos dormido pouco. A estrada até que é boa, mas é complicado manter uma velocidade constante, por vários motivos, primeiro por haver muitos animais soltos, cachorros, vacas, porcos e outros que cruzam o asfalto, então precisa estar bem atento e não muito rápido. Segundo porque os motoristas no Peru são literalmente loucos, buzinam, entram nas curvas invadindo a nossa pista, e por terceiro as curvas, que mataram a gente hoje. Antes de chegar a abancay a gente sobe a montanha toda, lá embaixo esta quente, então se começa a subir e subir e chega o chuvisqueiro e a neblina, depois se desce toda a montanha que se subiu. Depois a estrada ficou muito boa até Chalhuanca, onde decidimos parar, pois já era 16 horas e para chegar a Puquio, 180 quilômetros a frente, se demora 3 horas e corríamos risco de pegar neve pelo caminho, pois é necessário subir e descer a montanha de novo”.
02/05 – 13º dia – Chalhuanca/Atico
“Saímos de Chalhuanca com o tempo nublado e com chuvisco. A medida que fomos andando o tempo parecia que ia melhorar e as vezes parecia que ia cair o mundo. Começamos a subir a montanha, e o tempo fechou e a temperatura caiu, mas caiu mesmo. Estava muito frio e as curvas eram imensas, uma atrás da outra e depois outra e mais outra. Para complementar a estrada não rendia, andamos 180 quilômetros em 3 horas e o frio não nos abandonava. Além disso, muitas alpacas na estrada, e vacas também, inclusive uma resbalou na minha frente e quase me derrubou da moto, ela chegou a tocar a minha roda dianteira, um grande susto. Depois do meio dia começamos a descer a montanha em direção a Nazca. A princípio iríamos parar para ver as linhas de Nazca, mas por causa de tempo acabamos optando por não ir olhar, iríamos perder no mínimo 2 horas para ir e voltar, pois o trânsito em Nazca é tenso assim como todas as outras cidades que passamos. Pelo menos a paisagem de hoje valeu a pena de novo, viemos costeando o Oceano Pacifico, muito massa. Vários quilômetros vendo o mar azul. Saímos de Nazca e fomos em direção a Atico, cidade a uns 300 quilômetros abaixo, onde pegamos um hotel e posamos a noite”.