O Plano Safra para a agricultura empresarial brasileira prevê um volume de recursos financeiros de R$ 115,2 bilhões para este ano. O valor é ligeiramente (7,4%) superior ao do ano anterior e a taxa de juros das linhas de crédito deverá decrescer um pouco comparativamente à safra passada.
O Ministério da Agricultura pretende, além de ampliar os recursos para os médios produtores e as cooperativas, estimular a produção orgânica.
As entidades representativas dos produtores gaúchos mantêm-se na expectativa de que o governo anuncie ainda mudanças no sistema de seguro agrícola e adote medidas que tratem da renegociação de dívidas de agricultores. Especificamente sobre o seguro, a reivindicação é no sentido de que o mesmo seja mais abrangente, não assegurando apenas o valor dos financiamentos, mas inclua a renda, frustrada, da propriedade.
São aguardadas, para breve, novas medidas relativas aos pequenos produtores rurais, os da agricultura familiar. É uma política um pouco diferenciada, com parâmetros próprios, com custos financeiros mais acessíveis, pelas características das atividades.
A maior preocupação dos produtores rurais, independente de seu porte, é a elevação do custo de produção das safras no corrente ano. Os principais insumos utilizados nas culturas de verão, como sementes e fertilizantes, estão tendo os seus preços majorados consideravelmente, variando em percentuais que chegam próximos dos 80% em alguns casos. Também os combustíveis tiveram seus preços ajustados e essa variação tem que ser contabilizada no cálculo dos custos de produção que certamente não serão absorvidos por eventuais ganhos, lá na frente, no processo de comercialização, até porque na realidade nunca funciona a política de preços mínimos que, em tese, teriam que assegurar uma margem de lucratividade nas atividades de produção de grãos.
Secretário de Agricultura aos 19 anos
O fato, em que pese o seu conteúdo de curiosidade ou de novidade, reveste-se de um sentido que precisa ser destacado.
Um jovem, técnico agrícola, formação de nível médio, oriundo de uma família de pequenos agricultores, teve uma oportunidade de integrar a equipe, o quadro de profissionais da secretaria de Agricultura do município de Marques de Souza, há pouco mais de um ano. A primeira experiência profissional, fora do âmbito familiar, foi uma ocasião apropriada para mostrar determinação, capacidade, senso de responsabilidade e energia e assim poder contribuir com o desenvolvimento de projetos e aplicar seus conhecimentos técnicos e de cunho prático, adquiridos na convivência em sua casa, no Colégio Agrícola, com a extensão no setor público. Aproveitou todas as provações para moldar os seus procedimentos.
A confiança, o crédito, a aposta do prefeito Rubem Kremer é de profundidade, na medida em que a sua decisão de oportunizar a um jovem uma tarefa tão importante, poderia, pela lógica, revestir-se de alguns riscos. Porém, a sua atitude é uma demonstração de valorização da força jovem. Não basta apenas dizer que se quer contar com o jovem, que o jovem vai ser a autoridade do futuro, que ele poderá ser muito útil no amanhã. O jovem, especialmente o agricultor, precisa de um voto de confiança, para poder dar a sua retribuição.
Sei que a torcida do Charles Bauer é bem numerosa. Ao seu redor há muitos jovens agricultores ansiosos, mas almejando que tenha um grande êxito no comando de uma secretaria. Muitos esperam uma oportunidade igual para mostrar que são capazes e que honrariam uma promoção dessa natureza. É agradável testemunhar fatos desta ordem.