O governo federal publicou nesta semana, no Diário Oficial da União, o Decreto nº 7.794, de 20 de agosto de 2012, que trata da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica.
Este plano prevê “…medidas e a utilização de mecanismos de financiamentos, crédito rural e seguro agrícola, com o objetivo de integrar, articular e adequar políticas, programas e ações para a produção orgânica e de base agroecológica, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida da população, por meio do uso sustentável dos recursos naturais e da oferta e consumo de alimentos saudáveis”.
Há a constatação de que é crescente a procura por produtos orgânicos em especial nos centros urbanos, a partir, principalmente, da conquista da confiança que os consumidores hoje têm em relação à origem dos mesmos.
Temos exemplos muito próximos, pois, lembramos do longo tempo que os nossos produtores, do grupo ecológico de Forqueta, levaram para terem os seus produtos reconhecidos e integrados aos hábitos de consumo. Não se percebe restrições ou contestações e a sua aceitação cresce cada vez mais, contribuindo, para tanto, a consciência evoluída.
A oficialização de um programa nacional para a produção orgânica vai alavancar ou estimular um crescimento rápido dessa cadeia produtiva, provocando, ainda, uma cada vez maior diversificação de atividades econômicas nas propriedades familiares.
A instituição de linhas de crédito e, sobretudo, de um instrumento de seguro, logo mais complementado com incentivos para a comercialização dos produtos e a disponibilização de assistência e orientação técnica, motivará interesses de novos empreendedores, vislumbrando-se a adesão de mais produtores, geração de muitos postos de trabalho, com a agregação de valores ao trabalho no meio rural.
Seminário de Floricultura
Na mesma linha de raciocínio sobre a diversificação de atividades econômicas em propriedades rurais, quero fazer uma breve menção relativa ao VI Seminário de Floricultura do Vale do Taquari, ocorrido na semana passada.
A floricultura é uma atividade em expansão e hoje ela pode ser considerada como uma cultura de perspectivas e de real oportunidade econômica para a agricultura familiar. Pois, o Rio Grande do Sul é o segundo colocado no ranking de consumo de flores per capita dos estados brasileiros, e, de um total de 496 municípios, apenas 180 desenvolvem alguma produção.
Na região temos como referência o município de Santa Clara do Sul, onde o poder público desenvolve um programa de apoio à atividade. Em Arroio do Meio, existem produtores de muita capacidade e dedicação, conduzindo os seus empreendimentos com vontade própria, com recursos próprios e espírito de superação.
A produção de flores pode crescer, fixar-se aqui e tornar-se uma atividade exitosa, merecendo uma atenção e apoios oficiais.
Agropecuária em Esteio
O Parque de Exposições em Esteio passa a ser, a partir deste sábado, o palco de um dos maiores eventos da agropecuária da América Latina. A Expointer reúne o que existe de mais avançado em máquinas, implementos, em genética animal, em projetos para as grandes, médias e pequenas propriedades agrícolas, com a diversidade de suas atividades e práticas. Mesmo não sendo possível copiar-se muitas coisas, algo sempre apreendemos quando visitamos locais onde ocorrem acontecimentos desta natureza.