Candidatos apostam em propaganda gráfica para divulgar a imagem, mas eles também estão aderindo ao marketing nas redes sociais.
Em plena campanha eleitoral os políticos estão focados em divulgar sua imagem, seu número, feitos e propostas. Tanto os produtos gráficos quanto as mídias impressas e digitais, se bem usadas, podem ser excelentes ferramentas de divulgação do candidato e suas propostas.
Entre as formas mais tradicionais de marketing político regional, destacam-se os produtos gráficos, desde os populares santinhos e folhetos até cartazes e banners.
Outra forma tradicional de divulgar o nome e o número é pelos jornais em função da sua grande circulação e credibilidade.
Para suprir a crescente demanda, as gráficas têm aumentado sua produção. “Aumentamos as nossas vendas em torno de 20% nesses meses que antecedem a eleição. Entre os produtos mais solicitados estão folhetos, cartazes e adesivos”, relata Éverson Luís Haupt, proprietário da Gráfica Sulina, de Arroio do Meio.
Com apenas três meses de atividades, a Gráfica Digiart dos sócios Leana e Nilce Basegio e Jose Orlando Ferreira, também de Arroio do Meio, comercializa jornais, folders e santinhos. Os proprietários têm perspectivas de ingressar ainda mais no mercado de marketing político nos próximos anos.
A exemplo do que vem acontecendo na Grafibel, gráfica situada no bairro Bela Vista, dos proprietários Eduardo e Albano Ely. “Houve um aumento na nossa produção. Em média, o que foi gasto pelos políticos regionais até agora fica em torno de R$ 300”, salientam Moisés e Juliano Hepfner, encarregados da gráfica. Eles explicam que o investimento de cada candidato pode ser mais elevado, já que nem sempre os partidos fazem o trabalho gráfico no município.
Mas em 2012 o marketing político eleitoral também está tomando conta do ambiente digital brasileiro. “Há um gradativo aumento, da propaganda política em meio às redes sociais. Facebook e MSN estão entre algumas redes sociais mais usadas pelo marketing político atual. Há algum tempo atrás, a política nas mídias sociais via sua atuação somente no âmbito das eleições presidenciais. Mas o que vemos no momento atual é um apelo ao marketing virtual muito grande por parte dos candidatos nas eleições municipais regionais”, observa o consultor político Márcio Aléssio, formado em Publicidade e Propaganda e pós-graduado em Administração de Marketing. O consultor acredita que, num futuro próximo, a divulgação da campanha na internet aumente. “Estima-se que nessas eleições 10 % dos votos sejam decididos com influência das redes sociais”, salienta.
O publicitário enfatiza que é preciso respeitar a Legislação Eleitoral, que também delimita as normas da campanha publicitária. “Nós temos que ter audácia e cautela ao mesmo tempo para que a campanha publicitária saia com os resultados esperados e que esteja dentro dos conformes”, afirma referindo-se às exigências que podem custar a cassação do registro de um candidato, caso descumpridas.
Questionado sobre a construção de imagem do marketing eleitoral, se esta não poderia favorecer a eleição de alguns candidatos desprovidos de boa-fé e de comprometimento, Márcio retruca: “Uma campanha sustentada apenas pelo marketing não vinga. Não creio que um candidato possa vir a se eleger somente no embasamento publicitário sobre a construção de sua imagem. Mas o marketing é um dos pilares fundamentais da eficácia da campanha”.