A catastrófica seca que está acontecendo nos Estados Unidos, projetando uma redução, neste ano, de mais de 100 milhões de toneladas na produção de grãos, soja e milho, naquele país, provocou uma situação inédita, em termos de exportações brasileiras, no último mês de julho. Há informações de que o volume de milho exportado no mês passado cresceu 431%, se comparado com o mesmo período do ano anterior.
O fato, apesar de sua importância, olhando apenas o aspecto de balança comercial, é de profunda preocupação, especialmente para as cadeias de produção de frangos de corte e de suínos, pelas consequências que a escassez dos cereais, no abastecimento interno, irão provocar. Os custos de produção, com certeza, aumentarão e contribuirão para agravar ainda mais a viabilidade econômica das atividades.
Os representantes das classes produtoras e das agroindústrias têm se manifestado sobre os fatos que estão ocorrendo, cobrando atitudes e medidas do governo federal para minimizar os efeitos do processo que atualmente se verifica.
É bem verdade que o Brasil tem uma produção excedente. Existem quantidades enormes de grãos, principalmente de milho, ainda não escoados, simplesmente amontoados, no tempo, em regiões produtoras no centro do país. Mas esta “corrida” que se verifica, com uma valorização sem precedentes do nosso produto, poderá terminar com as “reservas” e uma reposição dos estoques só poderá acontecer daqui a alguns meses.
As lavouras de soja e de milho serão ampliadas, em muito, na próxima safra. É um fator muito importante. Mas se não houver um equilíbrio na utilização interna desses insumos, na sua transformação em rações para a alimentação dos planteis, o setor de produção de carne e derivados, os consumidores brasileiros terão uma conta salgada para assumir e corremos riscos de ver as cadeias de suínos e de frangos de corte com problemas de sobrevivência.
Previsões do tempo provocam alerta
Alguns veículos de comunicação abordaram, nos últimos dias, um assunto que deixa muita gente em alerta, tratando-se de condições climáticas que poderão trazer consequências severas.
Em função dos fenômenos “El Nino” e “La Nina”, haveria a possibilidade de ocorrerem períodos de chuvas intensas, a partir desta semana, até o final do mês de setembro, atingindo o Rio Grande do Sul, incluindo a região do Vale do Taquari.
A sabedoria ou o conhecimento popular diz que após uma grande seca viria um tempo inverso, ou seja, possibilidades de cheias e excesso de água. Esperamos que essa tese não se confirme tão logo e sejamos poupados de novos prejuízos, nos diferentes setores.
Leite em pó da Dália
Em fase experimental, a Cosuel apresentou, na semana passada, as primeiras amostras de leite em pó produzido na nova indústria, no distrito de Palmas.
É uma nova fase que se inicia na história de uma das mais conceituadas cooperativas, que amplia as suas atividades industriais, buscando meios de sustentação econômica de um conjunto de projetos associativos e sociais, em prol da categoria dos produtores rurais.
O setor de produção de leite está em afirmação e poderá crescer quantitativa e qualitativamente nos próximos anos, tornando-se cada vez mais uma segura fonte de renda dos agricultores que desenvolvem a atividade de produção de leite. Desejamos muito sucesso neste grande empreendimento.