Apenas sucatas e um lote pequeno de material de escritório (calculadoras) foram vendidos no leilão da massa falida da Calçados Majolo, de Arroio do Meio, que foi realizado no Depósito Judicial de Estrela.
O prédio da unidade da matriz, em Rui Barbosa, em conjunto com os bens estruturais, avaliado em R$ 4.694.518 milhões não foi vendido, nem na segunda tentativa por 60% do valor inicial, R$ 2.816. 712 milhões. Os terrenos em conjunto chegam a 10.000 m², e as edificações, a 8.335m², contendo escritórios, pavilhões industriais e refeitório.
Os outros lotes que também foram a leilão e da mesma forma não vendidos eram compostos por calçados, bens que faziam parte do refeitório, material de escritório, informática, cadeiras, mesas, equipamentos ambulatoriais, prateleiras e armários.
O leiloeiro Luciano Scheidt recebeu uma comissão de 10% pelos bens móveis e receberia 6% pelos imóveis, caso fossem vendidos. O administrador judicial Evandro Weisheimer disse que será feita reavaliação dos bens que remanesceram e uma nova forma de venda não está descartada. “Nossas expectativas frustraram, imaginávamos vender os prédios, pelo menos”, lamentou. Segundo ele, as novas datas e modalidades só serão anunciadas após reunião com o juiz e o Ministério Público.
A instalação de um novo empreendimento na edificação deve reanimar o comércio da comunidade, que ficou abalado com a falência da Majolo, decretada em outubro de 2009.
Os demais bens da falida empresa já foram vendidos e possibilitaram o pagamento aos fornecedores do período da recuperação judicial, aos bancos pelo valor do adiantamento de contratos de câmbio para exportação e 100 % dos créditos trabalhistas (R$ 7,2 milhões), além dos empréstimos consignados que os funcionários mantinham em folha de pagamento. O trâmite do processo judicial em comparação com a falência de outras empresas é considerado célere. Contudo, a venda dos bens remanescentes mal dará para pagar o fisco. A Calçados Maolo deixará na praça uma dívida superior a R$ 30 milhões.