Um dos indicadores econômicos do Rio Grande do Sul, o Produto Interno Bruto (PIB), apresentou uma queda de 6,8% no segundo trimestre, abril, maio e junho deste ano, dado que representa a maior queda em um período medido, desde o ano de 2003. E a alegação ou a justificativa principal desta constatação é a frustração das safras agrícolas devido à estiagem que o Estado enfrentou no período de outubro de 2011 a abril de 2012.
Na verdade a produção primária sempre tem sido um termômetro do comportamento das demais atividades econômicas e, historicamente, quando aconteciam safras ou colheitas normais, os outros setores iam bem, o consumo, de uma forma geral provocava um círculo, beneficiando indústrias, comércio e os setores de prestação de serviços.
Há situações em que esse tipo de crise nos ensinam e exigem uma tomada de atitudes. Embora houvesse tantas perdas, prejuízos em praticamente todos os estabelecimentos rurais e as cadeias produtivas sofrido um revés, os olhos dos governantes abriram-se para enxergar, de um modo diferente, o setor primário. Já se fala em programas especiais, como sistemas de cisternas ou irrigação para minimizar futuros problemas de estiagens que possam surgir.
Parece que o quadro se repete de tempo em tempo. Se dá valor à produção primária quando a área não consegue corresponder às expectativas, como foi o recente episódio da prolongada estiagem.
Ocorre uma acelerada evolução tecnológica nos diferentes setores produtivos e o mesmo se pode dizer em relação à agropecuária. Implementos, equipamentos, máquinas, produção de insumos, mas tudo isso não muda muito o conceito do improviso que se tem em relação a alguns aspectos que envolvem o setor primário. Uma política de seguro agrícola está precária, o País carece, e muito, de infraestrutura no sentido de armazenagem da produção excedente, somos frágeis em encarar temporadas de secas e não conseguimos definir uma política de garantia de preços mínimos.
Preciso corrigir…
Uma informação dada neste espaço há duas semanas já não é mais a mesma. Fazia referências a uma negociação entre o Ministério da Agricultura e o Ministério de Defesa, para uma ação conjunta, visando realizar o transporte de milho da região centro oeste para o sul – Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Enquanto aqui há a falta da matéria-prima, milho, para a produção de rações animais, nos estados do Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás, existem grandes quantidades do cereal, amontoadas em plena lavoura à espera de transporte.
A possibilidade de o Exército vir a ser parceiro no processo está praticamente descartada, pois as autoridades alegam que os caminhões do Ministério da Defesa não são apropriados para um transporte desta natureza.
A partir de agora o Ministério da Agricultura volta-se às negociações com as empresas transportadoras, sabendo, de antemão, que o custo do frete será mais elevado, aumentando, consequentemente, o custo de produção, nas atividades de produção de aves de corte, suínos, gado leiteiro.
Código Florestal
O assunto está meio esquecido ultimamente. Talvez nesta semana ainda aconteça algo de novo, pois a medida provisória que substitui a lei, que não foi sancionada pela presidenta da República, tem validade somente até o dia 08 de outubro. Também, pudera, as pessoas da nossa região, que estavam “construindo” a legislação, em Brasília, estão mergulhadas e absorvidas pela campanha eleitoral.