Na semana que passou, acompanhamos um grupo de alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Construindo o Saber, de Capitão, até Barra do Dudulha, local do episódio do Combate do Fão em 1932. A seguir publicamos o relato enviado pelo professor Valtair Pederiva (na foto com os demais educadores). Obrigado pelo prestígio, ao mesmo tempo louvamos a atitude dos estudantes pelo interesse em nossa história. . “A manhã da sexta-feira, dia 28 de setembro, foi vivenciada pelos alunos das turmas das 8ª séries da EMEF Construindo o Saber de Capitão, acompanhados pelos professores como um dia de grande aprendizagem. Durante as aulas de História foram lidos os textos publicados semanalmente no Jornal O Alto Taquari intitulados ‘O combate do Fão’. Em virtude do estágio que está sendo realizado pelo professor estagiário Valtair Pederiva pela Univates, na EMEF Construindo o Saber. Pensou-se em levar os alunos para mostrar na prática o lugar histórico chamado ‘Barra do Dudulha’ onde aconteceu esse combate que é real. Os alunos tiveram a oportunidade de ouvir os relatos e um pouco do conhecimento que o repórter, jornalista, locutor e historiador Alício de Assunção relatou. São fatos incríveis que não podem ficar despercebidos pelas pessoas. Entre os locais visitados destacam-se o cemitério onde estão enterrados alguns dos soldados do referido combate; o rio Fão que em determinado trecho separa os municípios de Progresso, Pouso Novo e Fontoura Xavier, ainda neste ponto há a ponte que ficou destruída na enxurrada de 2010 sendo levada pela forte correnteza e entulhos provocando a enorme tragédia principalmente nos municípios de Marques de Souza e de Travesseiro. Também há nesta comunidade uma pequena ponte de concreto que, segundo relatou Alício, já foi levada pelas fortes chuvas duas vezes sendo reconstruída pela terceira vez, sendo esta a única forma de travessia dos moradores da Barra do Dudulha para a rodovia BR 386. Ainda nesta localidade foram observadas árvores que estão destroçadas até hoje com as marcas das balas de munição pertencentes aos combatentes. A realidade observada é chocante, pois muito se distingue da realidade vivida em nosso município, já que a maioria das pessoas que nessa localidade residem são agregadas e vivem do plantio e cultivo do fumo ou cortando acácia e eucaliptos, vivendo em casas humildes. Segundo Alício, há em um ponto isolado daquela comunidade, um senhor que conta sobre um local onde ainda hoje se escutam ‘gritos e assovios’ misteriosos de espíritos que por ali permanecem vagando. Histórias à parte, fica o nosso agradecimento pela grande colaboração e contribuição histórica que o repórter Alício de Assunção nos proporcionou naquela manhã.”