A primeira semana de outubro foi de qualificação para os empreendedores do projeto Caminhos da Forqueta. A comunidade que vem se mobilizando para apresentar a primeira rota turística do município vem realizando diversos cursos de qualificação. O curso desenvolvido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), por meio do Programa de Turismo Rural, possui um total de 240 horas de curso, distribuído em 10 módulos de 24 horas cada.
O 6º módulo – Planejamento e Implantação do ponto de venda de produtos agroalimentares típicos e de artesanato – foi realizado de 1º a 03 de outubro. Conforme a instrutora Claudiana Y Castro, este módulo abordou conteúdos teóricos e práticos, culminando com a implantação do ponto de venda modelo com os produtos coloniais dos empreendedores do Caminhos da Forqueta. O ponto de venda modelo esteve em exposição durante toda a quarta-feira, para a comercialização, em frente à subprefeitura de Forqueta, atraindo aproximadamente 100 pessoas.
Além da implantação do ponto de venda, o grupo também traçou um planejamento estratégico para 2013 onde foram determinadas ações importantes de cunho do poder público em conjunto com os empreendedores. Na quarta-feira, o grupo ainda teve um encontro com os candidatos a prefeito onde colocou a necessidade do apoio da comunidade em relação ao turismo. Cláudia frisa que futuramente o grupo objetiva ter um espaço apropriado para estar expondo semanalmente os seus produtos. “É incrível ver a evolução do grupo em um ano de encontros com atividades teóricas e práticas, no que se refere ao preparo dessas pessoas para ofertar um produto turístico com o aproveitamento e valorização da cultura local”, destaca a instrutora.
Ao total participam do projeto 18 empreendedores, sendo que estão previstos na implantação do roteiro 12 pontos de visitação entre hortifrutigranjeiros; camping; conservas; artesanato; café colonial; adubo orgânico; igrejas; trilhas, entre outras opções. “Neste módulo abordamos a importância da manifestação cultural local por meio do artesanato; saber fazer; grupos culturais e processamento de produtos. Também foram abordadas ideias para qualificar o futuro roteiro turístico”, explica Claudiana.
A intenção dos empreendedores do projeto Caminhos da Forqueta é de realizar estas ações mais vezes durante ao ano, com datas a serem definidas.
Comunidade em ação
Michele Kamphorst possui um museu onde guarda objetos que de fato construíram o distrito de Forqueta. “Por meio da realização desses cursos, estou vendo o meu sonho cada vez mais próximo de ser realizado. Tenho o sonho de abrir o museu para as pessoas, para que conheçam assim a história do distrito. Estou colocando em prática tudo que aprendi e já estou conseguindo identificar algumas peças, iluminação adequada, entre outros aspectos”. Michele junta peças antigas desde os 14 anos para que elas não fossem perdidas, pois são um marco importante para a história do local em que vive.
A agricultora Helena Warken Weizenmann, que cultiva hortaliças orgânicas e trilhas turísticas, destaca que o curso vai fortalecer todo o trabalho que vem sendo realizado na comunidade, além de incrementar os produtos e trajetória de cada empreendedor. “A gente vai descobrindo o passo a passo dos caminhos e todos os seus segmentos. Aprendemos como se deve fazer, como colocar as placas indicativas, e muitas outras dicas. Acredito que para o pessoal da cidade seja interessante essa opção de diversificação. Sinto também que o grupo está unido, firme e com muita certeza do que queremos”.