O tópico da minha coluna, na semana passada, com o título acima, resultou em diversos comentários que me foram dirigidos, após quinta-feira, com diferentes entendimentos, mas tudo dentro de uma compreensão e interpretação democrática e no conceito de uma livre manifestação.
Aliás, o momento é muito propício para uma série de análises “comportamentais” ou meras reflexões, considerando fatos e fatores que aconteceram no campo político, em um amplo processo eleitoral, que culminou com o êxito, ou com os objetivos alcançados por muitos candidatos, mas com certeza, um número bem maior não conseguiu chegar às metas desejadas.
Muitas lições, novos aprendizados. Para os novatos, uma enorme experiência. E para os já “experimentados”, os melhor “articulados” e alguns “malandros”, novas conquistas (?). Mas há os que dizem que “já vou me preparando para a próxima eleição, porque saberei como fazer a coisa certa…!”. É preciso ter os corajosos, dispostos a colocar-se à disposição e participar de processos eleitorais, cada vez mais tumultuados.
Apesar de este espaço ter, habitualmente, abordagens específicas e relacionadas ao setor da agropecuária, peço a permissão aos caros leitores para, excepcionalmente, e na condição de mero eleitor, fazer considerações um tanto diversas dos papos comuns.
Em primeiro lugar, preciso louvar a atitude da presidente Dilma em demitir o presidente do INSS, fato ocorrido nesta semana. Ele pagou um alto preço por meter-se, indevidamente, na campanha eleitoral de vários municípios da região, inclusive em Arroio do Meio. A presidente da República foi coerente em condenar o procedimento de um agente político, que se utilizou de seu cargo em benefício de candidatos identificados com as suas tendências. Se a presidente Dilma considerou o fato como um caso grave, o mesmo não deixa de ser uma agressão a milhares de pessoas por onde essa ex-autoridade circulou e influenciou, com promessas de recursos futuros, nas decisões e no convencimento de muitos cidadãos. A decisão da presidente é um exemplo positivo!
Um outro fato, de conhecimento público, refere-se a uma forma de atuação, da maior autoridade na área de educação(secretário(a)), de um dos municípios da Amvat, nos últimos dias da recente campanha eleitoral. A pessoa/autoridade, fazendo campanha para candidatos de sua preferência, segundo informações, entregava, junto aos panfletos, material de propaganda, notas de 50 reais, para que o eleitor pudesse comprar “alguns remedinhos”.
Dada a importância da educação em qualquer município, a sua influência na formação dos futuros cidadãos, em seus valores éticos e morais, podemos questionar se um gestor que toma uma atitude dessa natureza, pode servir de modelo para uma criança, um adolescente ou um jovem que está em suas mãos?
Se uma autoridade de tanta responsabilidade, como é o caso de ocupante do cargo de secretário municipal, propaga uma ação que confronta com princípios e valores éticos e legais, ficamos sem argumentos para julgarmos determinadas atitudes de cidadãos comuns.
A qualificação ou a formação de “futuros políticos” deve passar pelo processo de educação e de transmissão de valores positivos. Nesse sentido, quem comanda a área de educação de uma cidade é parâmetro, é espelho de bons exemplos, de regras de comportamento e de inspiração. Portanto, tire cada qual as suas conclusões em relação ao episódio colocado.
Código Florestal
Possivelmente na edição do AT da próxima semana poderemos comentar algo sobre o novo Código Florestal Brasileiro, em especial sobre a sanção ou vetos da Medida Provisória anterior e uma possível nova MP que deverá orientar os assuntos relacionados à legislação ambiental.