Os números relativos às exportações de carne suína brasileira estão a indicar uma tendência positiva, considerando a comercialização no último mês de setembro. Comparando com o mesmo mês do ano anterior, constata-se um aumento de 45,98%.
Este quadro resulta de uma retomada nas vendas para a Rússia e a recuperação de outros mercados.
É claro que ainda não está totalmente superado o embargo dos russos, que vêm prejudicando os negócios há mais de um ano, mas as últimas sinalizações permitem uma expectativa bastante otimista e logo mais também outros produtos poderão ter liberação de entrada naquele potencial mercado consumidor.
Talvez não recuperemos integralmente a nossa cadeia produtiva de suínos, pois os prejuízos acumulados, nos últimos dois anos, deixaram uma situação instável e muitos tradicionais produtores abandonaram a atividade.
Certificação de propriedades
Passados os tumultos, normais, de um processo eleitoral, assuntos ou temas do dia a dia voltam a pautar as preocupações em todos os setores e nisto a atividade da produção primária não foge à regra.
O caso específico da certificação das propriedades que integram o programa do controle e erradicação da brucelose e tuberculose deve, finalmente, ter os seus encaminhamentos e o atendimento das expectativas dos produtores.
Sabe-se da existência de um “compromisso”, firmado entre as partes, de que até o final do último mês de setembro as pendências fossem resolvidas. Muitas controvérsias aconteceram, inclusive a história de distribuição de certificados com data de validade já superada, (juntamente com “santinhos” de um ou outro candidato).
A partir de agora os produtores de leite precisam articular-se e organizar-se no sentido de garantirem a obtenção da documentação pertinente, o que lhes possibilita habilitar-se a uma melhor remuneração do produto entregue às indústrias.
Considerando os recursos gastos pelo município e pelos próprios agricultores, no desenvolvimento do programa piloto, os resultados práticos estão deixando a desejar.
Soja em alta
A grande valorização da soja, como moeda internacional, aponta para uma expressiva ampliação da área de produção da oleaginosa na próxima safra. A expectativa de um bom preço é um dos motivos do crescimento das lavouras, mas há também o fator de que hoje uma grande parcela da futura colheita já está comercializada, vendida, existindo o compromisso do produtor em dispor da produção que deve.
Ficha limpa, voto limpo
Muito se ouviu, muito se falou, nesta última campanha eleitoral, sobre “ficha limpa”, sobre “voto limpo”. Passado o processo, como podemos, hoje, avaliar os fatos assistidos, presenciados e declarados?
Será que poderíamos arriscar um palpite sobre o percentual de eleitores que “venderam” ou não “venderam” o seu voto? Qual é o número de candidatos que não utilizaram o recurso da compra de votos?
Não podemos mais falar que o político é o maior corrupto. As eleições vêm mostrando e provando que o eleitor é o que mais proveito tira de uma situação dessas. Isso tudo pode mudar a partir do momento em que a lei eleitoral for cumprida e colocada em prática.