Região dos Vales – Sete municípios dos Vales do Taquari e Rio Pardo vão se responsabilizar pelos estudos de duplicação das rodovias RST-453/ERS-130/ERS-129, entre Venâncio Aires e Muçum. Até dezembro, os Legislativos devem aprovar convênios para realização do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTA) e do Relatório Técnico de Vistoria Ambiental (RTVA).
O estudo custará cerca de R$ 80 mil – aproximadamente R$ 12 mil por município. O trabalho será intermediado pela Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC-VT). A STE, que fez o projeto para a duplicação da BR-386, será a empresa contratada.
Os estudos devem ser iniciados em janeiro e concluídos até março. Após a elaboração do projeto executivo, ele será encaminhado ao Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). A medida foi proposta em maio durante audiência entre líderes políticos, empresariais e de entidades de classe de Arroio do Meio, Lajeado, Venâncio Aires, Cruzeiro do Sul, Mato Leitão, Encantado e Muçum, na Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Seinfra). De acordo com o ex-secretário da Seinfra, Beto Albuquerque, se o mesmo estudo fosse realizado pelo Estado, o trâmite levaria no mínimo dois anos.
Para o prefeito de Arroio do Meio, Sidnei Eckert, a obtenção do projeto executivo, permite antecipar obras em pontos onde o fluxo é mais conturbado. Com isso haverá possibilidade da realização de melhorias no tráfego da rótula de acesso ao Centro e bairro Bela Vista, por meio de investimentos do município.
As mobilizações pela duplicação começaram em outubro de 2011, por líderes de Arroio do Meio. O presidente da CIC-VT, Oreno Ardêmio Heineck, reforça que há três anos a duplicação deste trajeto que possui oito pontes, sequer estava entre as prioridades do governo estadual. “A participação dos municípios na reivindicação de vias laterais, rótulas e viadutos nos entroncamentos, será decisiva”, sinalizou Heineck.
Sem prioridade para obra
A duplicação das rodovias entre Venâncio Aires e Muçum tem outro empecilho: o governo do estado não incluiu o projeto no cronograma de prioridades do Plano de Obras Rodoviárias. O Daer diz que não houve reuniões ou pleito na Diretoria de Gestão e Projetos. Mas, em dezembro de 2011, reportagem do AT acompanhou a comitiva que protocolou a demanda na estatal.
Estimativas do Daer dão conta de que a rodovia tem, em média, a circulação de oito mil veículos por dia. As médias foram feitas pela estatal em conjunto com o Comando Rodoviário da Brigada Militar.