Vale do Taquari – O Centro Hemoterápico Vale do Taquari (Hemovale), instalado no Hospital Bruno Born (HBB) de Lajeado, prepara uma atividade especial para a próxima segunda-feira, dia 26. Para comemorar o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue, bolos, refrigerantes e sucos serão distribuídos às pessoas que se dirigirem ao local para fazer a sua doação.
A data oficial é no domingo, 25, e foi criada no governo Luiz Inácio Lula da Silva para estimular a população a ter este hábito. A proposta serve para evitar a diminuição do estoque de sangue, uma vez que, no período de férias, a redução nos bancos de sangue no Brasil chega a 20%.
Conforme a farmacêutica bioquímica do Hemovale, Fernanda Marca, a média é entre 700 e 800 doadores mensais de sangue. “Mas, entre dezembro e janeiro, ficamos com no máximo 600, o que dificulta um pouco a manter o estoque”.
Para evitar os problemas, o banco de sangue conta com a parceria de outras estruturas e hospitais, que transferem quantas bolsas forem necessárias para auxiliar nas transfusões.
O Hemovale atende todos os 36 municípios do Vale do Taquari, mais Rio Pardo e Segredo (Vale do Rio Pardo) e Montenegro (Vale do Caí). Para os municípios maiores, como Lajeado, Estrela e Encantado, o centro conta com um estoque devido ao número de procedimentos realizados nestes locais.
Nas cidades pequenas, as bolsas são montadas para, quando chegarem ao local, já serem implantadas no paciente, evitando assim a demora na transfusão e diminuindo os riscos à saúde.
Ajuda ao próximo
Em alguns países, como nos Estados Unidos, a doação de sangue tem uma compensação financeira. O governo paga uma determinada quantia, para estimular a coleta sanguínea. No Brasil, o processo é diferente: a doação é voluntária e não há nenhum tipo de pagamento.
Nada que impeça a população de fazer sua parte. Fernanda afirma que o Hemovale consegue manter o estoque devido à conscientização da comunidade. Campanhas são realizadas ao longo do ano e, quando há urgência, são direcionadas para os municípios. As secretarias de Saúde ficam responsáveis pela divulgação, enquanto o banco de sangue faz a parte operacional.
Por dia, entre 20 e 30 pessoas se dirigem ao HBB para fazer a sua doação. O procedimento dura, em média, 40 minutos. O doador passa por uma triagem, uma entrevista rápida com os médicos, e depois é encaminhado para a sala. São retirados 450 mililitros de sangue. “É uma quantia boa, e não podemos retirar mais senão o doador pode passar mal.”
Uma das pessoas que auxilia nestas campanhas é o publicitário de Arroio do Meio, Guilherme Kaufmann. Aos 27 anos, faz doações esporádicas ao Hemovale. A primeira foi há dois anos, durante uma campanha realizada por um plano de saúde em parceria com o banco de sangue.
Para ele, o mais importante com esta atitude é ajudar as pessoas – muitas vezes desconhecidas. “Tem muita gente que sofre um acidente e precisa de sangue, e não custa nada dar esse auxílo.”