O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) está fazendo um novo ajuste no Programa Mais Alimentos, com a inclusão de novos itens, dizendo respeito principalmente aos produtores de leite, no caso de ordenhadeiras e outros implementos.
Recentemente já haviam sido anunciadas novidades, como a possibilidade de aquisição de camionetes, via Programa, fato interessante, considerando que um expressivo número de agricultores familiares estavam necessitando de meios de transporte de seus produtos para os locais de comercialização.
Segundo ponto de vista pessoal, acho bem mais proveitosa e útil a anunciada inovação, pois essa sim, abrangerá um número incomparavelmente maior de beneficiários se levarmos em conta tão somente a cadeia de produção de leite.
O investimento nos meios de produção, possibilitando a aquisição de implementos e equipamentos, parece significar, neste momento, uma proposta mais eficaz, pois nesse caso, a resposta, os resultados, acontecerão de forma mais rápida e desenvolvem um número de estabelecimentos bem mais abrangente e de cunho social e econômico mais intenso.
Seminário do leite
O evento realizado no dia de ontem, precisa ser destacado como um fato importante no sentido de apoio à profissionalização do setor de produção do leite, mas sobretudo, na busca da qualificação do produtor.
Diferentemente de outras cadeias produtivas, como o frango e o suíno, por exemplo, o leite depende bem mais da “interferência” ou das ações do produtor. É uma atividade econômica em que o empenho ou desempenho do agricultor tem uma relação direta com os resultados.
Nesse enfoque, as entidades promotoras (município, Emater, STR e outras) tornam-se agentes importantes na medida em que seus propósitos são a orientação, motivação, assistência, através de ações de verdadeira parceria, na defesa de um conjunto de interesses das partes envolvidas no processo produtivo.
A produção leiteira vive um momento crucial, submetida a desafios permanentes, mas mais intensificados nos últimos anos. A produtividade/lucratividade e as questões pertinentes à sanidade são fatores elementares na atividade e quem, de fato, não se adequar às inovações, às novas regras, sabe que sofre a ameaça de exclusão.
O município e a região, como um todo, tem na produção de leite, uma das principais fontes de renda dos agricultores. O setor tem perspectivas de crescimento, mas depende de meios de produção bem definidos, em que a tecnologia é determinante, e isso requer de atividades de orientação e organização.
Instrução Normativa 59
Comentei há algumas semanas, de forma breve, sobre os efeitos da IN 59, um instrumento de “exigências” para as atividades de produção de frangos e de ovos, etc. Havia a preocupação dos setores envolvidos com a data de vigência das normas, ou seja, a partir de 06 de dezembro próximo.
Informações, ainda não confirmadas, acenam para a emissão de uma nova IN, adiando a aplicação de determinações legais. O Ministério da Agricultura age, desta forma, com inteligência e de apoio aos produtores, considerando as dificuldades que, principalmente, o setor do frango de corte está a enfrentar, em se tratando de condições de comercialização e vendas para o mercado consumidor externo. A obrigatoriedade de mais e consideráveis investimentos nas propriedades fica adiada para outro momento.