O benefício concedido aos agricultores familiares, das áreas atingidas pela estiagem do início de 2012, habilitados conforme critérios do Programa, além de chegar com exagerado atraso, mostra-se totalmente insuficiente, atendendo apenas em torno de 50% da demanda.
Sindicatos e outras entidades classistas têm-se mobilizado e continuam gestionando e reivindicando uma ampliação do volume de recursos liberados pelo governo federal e estadual. Há uma certa expectativa otimista quanto à possibilidade de novos aportes de recursos, especialmente nesta época do ano, quando acontece o tradicional “raspa tacho”, ou seja, em caso de existirem “sobras” de dinheiro em dotações de alguns setores do governo federal, ocorre a sua destinação para projetos e programas especiais.
Código Florestal
Ultimamente o tema “código florestal” ficou um pouco fora do foco, porque outros assuntos tomaram conta dos espaços da mídia, como o prolongado processo eleitoral deste ano, o rumoroso caso do julgamento do “mensalão”, a discussão da destinação dos royalties do petróleo e nas últimas semanas, um novo escândalo relacionado ao escritório da presidência da república, em São Paulo, com diversos desdobramentos, voltando a bater na imagem do ex-presidente Lula.
Lamentavelmente os episódios recebem “tratamentos” distintos, veementemente negados pela cúpula governamental, embora a imprensa, por alguns veículos de comunicação, ofereçam detalhes, em minúcias, sobre envolvimentos de personalidades, outrora, ou há pouco, figurantes como sendo de irretocável conduta e pregadores da moral e ética exemplares.
Mas voltando ao novo Código Florestal Brasileiro, a sua regulamentação ou a sua aplicação prática deverá ser oportunizada o mais breve possível. Hoje existem divergências nos entendimentos e nas interpretações de diversos aspectos, causando insegurança, inclusive quanto ao desfecho do caso do Corredor Ecológico, projeto em execução no Vale do Taquari.
Sem luz, sem água…
O “tempo severo”, como se costuma dizer para identificar situações de temporais, ventanias e granizo, ocorrido na madrugada de terça-feira, em praticamente todo o Estado, trouxe novamente à tona a vulnerabilidade ou a falta de proteção que a população enfrenta em circunstâncias desta ordem.
No distrito de Forqueta, localidades de atividades essencialmente agrícolas, faltou água por quase dois dias. Viveu-se uma situação caótica, considerando que a quase totalidade dos moradores dependem do abastecimento de rede da Associação de Água, para o consumo humano, mas também para a manutenção de rebanhos de animais (suínos, frangos, gado leiteiro…).
A falta de energia elétrica, por quase dois dias, provocou esse quadro. E, segundo a diretoria da Associação, o problema que causou a interrupção no fornecimento de energia, teria sido insignificante e de fácil solução. Há relatos sobre a falta de “motivação” da equipe de profissionais da AES Sul ou terceirizados, para providenciar os reparos na rede de distribuição.
Os consumidores, usuários, estão cansados com os descasos reincidentes. Implora-se, invoca-se a urgente troca da concessionária. Existem outras empresas com bem mais organização, mais vontade, mais sensibilidade e mais interesse em ajudar a quem precisa.
Os constrangimentos, as perdas da produção, principalmente de leite, precisam ser reparados. Não se pode mais ficar na dependência de negligentes, de quem faz pouco caso.