Após uma breve ausência, a agropecuária Homem do Campo voltou a ocupar desde a última semana, um lugar de destaque nesta coluna que está perto de completar 28 anos de ininterrupta presença neste Jornal, fato que se torna uma marca importante na medida em que se conseguiu fazer com que este espaço fosse compreendido como sendo uma espécie de tribuna livre ou porta-voz de assuntos e temas com algum vínculo com os que se envolvem com o meio rural.
Saúdo a direção da agropecuária, renovando os votos de um continuado sucesso nas suas atividades comerciais e nas tarefas de orientação técnica, função cada vez mais buscada e necessária para uma agricultura profissional e qualificada.
A gente sabe que a disputa de mercado é cada vez maior e acirrada. O que, no entanto, faz a diferença é o bom atendimento e a credibilidade que os clientes firmam ao longo do tempo. Pretendo continuar a ocupar, por muito tempo, ainda mais quando se tem na “base da coluna” (rodapé), um bom parceiro, em continuado ritmo de crescimento. Vamos em frente!
Crescimento de 88%
Os ventos voltaram a soprar em favor dos produtores de suínos gaúchos. Os atuais preços praticados, considerando o suíno vivo, estão 88% acima dos vigentes no mesmo período do ano passado (2012), quando se situava em torno de R$ 1,90 e agora está próximo de R$ 3,60.
Apesar desta elevação significativa, os produtores ainda não consideram a situação plenamente satisfatória, visto que os prejuízos acumulados nos últimos anos, não estão sendo recuperados com este aparente bom momento. Os fatores que contribuem para este quadro mais favorável são a abertura de novos mercados, substituindo importadores que vêm
utilizando algumas barreiras ou embargos, mas, curiosamente, têm relação com a desistência de inúmeros produtores, desestimulados e desmotivados pela insegurança que a atividade vem apresentando ao longo de muitos anos.
Não se observa nenhuma euforia com a melhora, momentânea, da situação. Existe uma cautela e novos investimentos são feitos com cálculos e todos os tipos de projeções.
O mesmo filme…
A expectativa de boas safras das culturas de milho e soja estão se confirmando nas principais regiões produtoras. No entanto, na “movimentação” dos grãos já acontece a prática de diminuição dos preços, impondo perdas consideráveis para os produtores.
O governo do Estado iniciou tratativas no sentido de criar uma linha de crédito objetivando “segurar” a produção de grãos, que é o principal insumo para a alimentação dos rebanhos bovinos e as criações de suínos e frangos de corte. Evitando essa evasão, haverá a possibilidade de puxar, para baixo, os custos de produção das várias cadeias. Seria interessante que prosperasse essa ideia das nossas autoridades.