Vale do Taquari – Uma festa que se originou na Grécia, cinco séculos antes do nascimento de Cristo, se transformou em um dos eventos mais esperados pelos brasileiros. Mais de dois mil anos depois desta criação, muitos foliões se divertem em clubes e em ruas de diversas cidades do Brasil.
No Vale do Taquari não é diferente. Blocos de Carnaval viraram tradição nas festas da região, reunindo centenas de jovens que saem para se divertir sem compromisso.
O organizador Marcio Stacke do Bloco Vô num Vô de Marques de Souza destaca que a diversão durou todo o período. “Fomos para diversos carnavais, em Nova Bréscia, Estrela, Progresso, Coqueiro Baixo e Venâncio Aires”.
Stacke salienta que para o ano que vem terão mais surpresas para divulgar ainda mais o bloco que a cada ano está se tornando mais forte na região. “Queremos trazer cada ano coisas novas, esse ano foram as canecas que todos foliões gostaram. Para o ano que vem vamos pegar uma cor de camiseta mais chamativa e novas ideias estão em pauta”.
O bloco também esteve presente no Carnaval de rua do município onde ocorreu o tradicional banho de espuma. “Mesmo com a chuva, ninguém se intimidou. Todos compareceram e fizeram a festa durante os quatro dias de Carnaval”, relata Marcio.
O promotor de eventos Luis André Weizenmann disse que o evento superou as expectativas de público. No município de Nova Bréscia, foram cerca de 4 mil foliões e em Estrela, na danceteria Lupus Land, o público chegou a 6,5 mil. “Ficamos receosos de que as pessoas não compareceriam em função do ocorrido em Santa Maria. Mesmo assim a festa foi grande e o espaço estava adequado para a realização do evento.”
Distribuição de preservativos
Para o Carnaval de 2013, a Secretaria de Saúde do Estado disponibilizou mais de 3 milhões de preservativos em todo o Rio Grande do Sul para intensificar a prevenção contra o vírus da Aids. Entre as ações promovidas, somente nos postos do pedágio, nas estações do Trensurb e no bloco das baianas, foram distribuídas 550 mil camisinhas – quantidade superior aos anos anteriores.
O bloco das baianas, formado por promotoras fantasiadas de camisinhas, esteve nas praias do Litoral Norte e Sul, durante o Carnaval. Também houve blitze em todo o litoral e Região Metropolitana. A SES contou ainda com um estande no Carnaval de Porto Alegre promovendo distribuição de preservativos e materiais informativos (volantes) durante os quatro dias de desfile.
O foco da campanha da Secretaria Estadual da Saúde foi a associação de diversão e prazer com sexo seguro, tirando a imagem de que com prevenção não há diversão. Para trabalhar essa ideia foi criado o slogan “Sem camisinha você vai brincar sozinho”, que aparece em todas as peças publicitárias. O material informativo explica o uso correto do preservativo e como funciona a transmissão do HIV.
Superlotação nas emergências
Durante o feriadão, os Hospitais da região registraram superlotação nos pronto-socorros. O principal motivo foi a paralisação dos postos de saúde.
No hospital São José de Arroio do Meio, o número de consultas no plantão de 8 a 12 de fevereiro foi de 254 pacientes. A gerente administrativa da entidade Fabiane Gasparotto afirma que, apesar do aumento de atendimentos, não houve maiores transtornos.
Diferentemente do q ue ocorreu no Hospital Bruno Born de Lajeado. Que atendeu 260 pessoas por dia, 160 a mais que a capacidade. A direção afirmou que os médicos procuraram atender pacientes conforme a gravidade dos casos.
A instituição anunciou um projeto de ampliação dos serviços, que aumentará a capacidade do pronto socorro para 150 pessoas/dia. A obra deve durar de 90 a 120 dias, podendo estar pronta em julho se os recursos forem repassados.