O governo federal deverá lançar ainda neste mês de maio, o Plano Agrícola e Pecuário do Brasil 2013/2014, com uma inovação importante e que representará um apoio ao setor da produção de frangos de corte.
Existe uma expectativa de que o Plano poderá contemplar, através de linhas de crédito, projetos de reformas e de modernização de aviários, além de equipamentos para as indústrias do setor. Fala-se em um montante de até 3 bilhões de reais destinados para a finalidade referida, com taxa de juros diferenciada e razoáveis prazos de amortização das dívidas assumidas.
Em se tratando de reformas e modernização de aviários, imagina-se que poderão ser beneficiados produtores que, em consequência da falta de recursos, desativaram seus estabelecimentos há alguns anos, bem como os que continuam na ativa, em operação, porém em condições precárias.
Possivelmente um bom número de avicultores seria reinserido no processo de produção, aproveitando-se o amplo conhecimento e experiência desses em relação aos sistemas de produção e, em decorrência gerando renda para o estabelecimento agrícola e empregos nos demais segmentos da cadeia produtiva.
A partir do anúncio do Plano se poderá ter acesso aos desdobramentos do mesmo, especialmente no que tange à aplicação da proposta de incentivo ao setor produtivo.
As indústrias avícolas também aguardam um desfecho favorável, tendo uma projeção de expansão das atividades comerciais um pouco mais expressivas do que vem acontecendo nos últimos anos.
Suinocultura em crise mas otimista
Tanto o governo federal quanto os produtores de suínos estão no aguardo de uma decisão da Ucrânia em relação à retomada do intercâmbio comercial, atualmente prejudicado com a vigência do embargo interposto pelo país importador.
No mês passado uma comitiva ucraniana veio ao Brasil e caso as informações coletadas tenham correspondido às exigências determinadas, poderão ser retomadas, em breve, as relações que auxiliarão a diminuir as dificuldades que a atividade, mais uma vez, está enfrentando.
Outra semana, outro escândalo
Não se tem nenhuma pretensão ou propósito de ficar relatando, semanalmente, episódios escandalosos que vêm acontecendo e que possam afetar-nos de alguma forma.
Desta feita precisamos mencionar a gravidade do caso que o Ministério Público Estadual detectou na quarta-feira, envolvendo fraude na comercialização de leite, na região norte do Estado.
O fato repercutiu intensamente nos meios de comunicação, por atingir um contingente incalculável de consumidores, que acreditavam ter um alimento sadio, mas estavam consumindo um produto, contendo formol (conteúdo da uréia), que pode ser agente causador de câncer.
A adição de água e uréia ao leite coloca em risco a saúde de todos os consumidores. O criminoso enriquecimento de “intermediários” terá que ter um tratamento implacável pela justiça.
Como é que essa máfia conseguiu ludibriar algum laboratório de análise de leite, a ponto de, pelo menos durante um ano, seguir cometendo um ato criminoso?
Para os órgãos fiscalizadores, da secretaria estadual de Agricultura e do Ministério da Agricultura, também cabe o questionamento de como um caso tão rumoroso não é percebido em tempo hábil? – São muito frágeis os instrumentos de controle na produção de alimentos.