Arroio do Meio – A 11 meses das convenções que decidirão os concorrentes às eleições gerais no país, os interessados em disputar a uma vaga começam a aparecer. Com as manifestações desencadeadas em junho, aumentou a preocupação dos partidos em buscar a renovação no Congresso Nacional. Neste raciocínio, o Partido Progressista já analisa os possíveis candidatos.
Um nome ventilado e ganhando força, aos poucos, é o de Luiz Antônio Covatti. Aos 25 anos, pretende ser o substituto de seu pai, Vilson, na nomenclatura para deputado federal. Vilson está cotado para assumir a coordenação de campanha da senadora Ana Amélia Lemos, pré-candidata do PP ao governo estadual.
A mãe, Silvana Covatti, permanecerá como candidata à Assembleia Legislativa. Devido à sua votação nas eleições de 2010, a intenção da sigla é aproveitar o quociente eleitoral e ampliar o número de deputados no Palácio Farroupilha – hoje ocupado por sete progressistas.
Conhecido por ser um partido conservador, Covatti ressalta que os dirigentes mudaram de opinião depois dos protestos. “Eles fizeram as pessoas repensarem e os próprios políticos estão descontentes com a política.”
Entre os projetos de campanha, afirma que trabalhará para que a reforma política seja feita. Reconhece a dificuldade de que esta alteração ocorra ainda neste ano. “Quem propuser esta reforma agora está fazendo só para conquistar o voto.”
Para ele, o assunto precisa ser melhor discutido. Há muitos pontos que precisam de mais atenção, como financiamento público de campanha, voto distrital ou em lista, quem fiscalizará os gastos de campanha, entre outros.
Covatti tem experiência de quatro anos na Juventude Progressista. Hoje, é presidente estadual do grupo e vice-presidente nacional.
Governo estadual
O desgaste do governo petista em menos de quatro anos provoca a concorrência. Entre os problemas enfrentados, Covatti destaca que 50% da folha de pagamento são destinados aos inativos. Também entram no rol as constantes reclamações sobre o novo modelo de pedágio implantado no Estado em rodovias estaduais – que em menos de dois meses estão com pouca manutenção.
A ideia do PP é fazer um grande bloco de enfrentamento ao PT. “Estamos falando com todos os partidos.” A sigla com mais força é o PSDB, que poderia entrar com um candidato a senador, mas não descarta outras legendas que integram o bloco petista. “Tenho certeza que alguns que estão no governo, ainda este ano, sairão já pensando em 2014.”
Uma aliança com o PSB, em caráter nacional, não está descartada. Os socialistas têm em Eduardo Campos, governador de Pernambuco, como candidato à presidência. No Estado, o deputado federal Beto Albuquerque também tem força.
Essas alianças não significam que serão diversos partidos integrados. Por acreditar que haverá muitos candidatos, a ideia é se aliar àqueles que tenham mais representatividade com a sociedade.