O Programa de Proteção à Saúde do Trabalhador Rural, criado em 2010, está sendo regulamentado, através de ato do governador do Estado e começou a sair do papel no dia de ontem, quando foram entregues os primeiros kits de filtros solares, ou protetores solares a agricultores gaúchos.
Em um primeiro momento serão beneficiados em torno de 130 municípios, estimando-se um “público alvo” de 100 mil agricultores, recebendo 300 mil unidades de protetores.
Os Sindicatos de Trabalhadores Rurais do Estado serão envolvidos pelo programa e participarão da distribuição dos filtros, de forma gratuita, mediante encaminhamentos de receitas médicas de parte dos beneficiados.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, os primeiros 130 municípios contemplados foram selecionados a partir de constatações de que são os mais vulneráveis ou propensos a terem reflexos com a incidência de raios solares e, consequentemente, apresentarem ocorrências de doenças de pele e principalmente algum tipo de câncer de pele.
Observe-se que o programa foi criado há três anos, por uma lei aprovada na Assembleia Legislativa e na época sancionada pelo governador do Estado. Portanto, trata-se da utilização de recursos públicos, quase dois milhões de reais, aplicados em uma causa nobre e justa e os trabalhadores rurais aguardavam, já meio desconfiados, o cumprimento da referida Lei desde 2010.
Plano Safra e Seguro Agrícola
O Plano Safra Estadual 2013/2014, anunciado ontem, pelo governador, irá disponibilizar 4,7 bilhões de reais. Deste volume total 4,1 bilhões provêm de bancos que atuam com linhas de crédito agrícola e 600 milhões são do tesouro estadual. Somando este valor com o pacote já anunciado pelo governo federal, estima-se que os produtores rurais, grandes, médios e da agricultura familiar, terão acesso a linhas de crédito, a ponto de atender à demanda e à necessidade.
Já em relação ao seguro agrícola, vinculado aos financiamentos, o custo será de 2% para os créditos de custeio e de 1% para projetos de irrigação ou de lavouras irrigadas, em que, teoricamente, há menor risco de perdas de safras em razão de estiagens.
Emplacamento de tratores…
As propostas de mudanças no Código de Trânsito, no sentido de isentar os tratores ou máquinas agrícolas dos procedimentos de registro e emplacamento, deverão ser bem recebidas e apoiadas no senado federal. Os três senadores gaúchos já se manifestaram favoráveis a uma rápida solução para o impasse.
Mais receitas, menor volume
Olhando apenas os números é possível estranhar a informação que diz respeito às exportações de carne de frango no primeiro semestre deste ano. Pois, enquanto o faturamento cresceu 7,2%, chegando a 4,09 bilhões de reais, o volume embarcado diminuiu 4,9%, fechando em 1,89 milhões de toneladas. Está mais “valorizado” o nosso produto no mercado externo, assim como acontece a nível interno, com o leite. Bom para os produtores, menos interessante para os consumidores.