Arroio do Meio – Dezenove alunos do 6° ano da Escola Municipal João Beda Körbes, tiveram na última terça-feira, dia 8, um dia diferente de aula. Eles participaram do projeto “Arqueólogo por um dia”. Tiveram atividades com argila. De acordo com o professor de História, Sérgio Nunes Lopes, o projeto ajuda a entender nossos antepassados.
Lopes também destaca que este é um projeto institucional de extensão desenvolvido pela equipe do Setor de Arqueologia, vinculado ao Museu de Ciências Naturais e ao Centro de Memória Documentação e Pesquisa (CMDP) do Centro Universitário Univates. “A escola se mostrou interessada e trouxe o projeto para os alunos”.
O “Arqueólogo por um dia” funciona como difusor das pesquisas arqueológicas desenvolvidas pelo Setor de Arqueologia, fortalecendo assim os vínculos entre a comunidade em geral e acadêmica. Criado no ano 2000, o projeto já atendeu aproximadamente 4.817 alunos, dos Ensinos Fundamental e Médio, da rede pública e privada.
As atividades desenvolvidas pelo projeto têm como intenção estimular o pertencimento da comunidade regional para com o ambiente urbano ou rural onde estão inseridas, dando assim maior importância ao patrimônio histórico e cultural local.
Atividades durante todo o dia
O projeto é desenvolvido durante todo dia, e é dividido em dois momentos. Pela manhã há uma oficina dialogada, quando
são apresentadas imagens e vídeos sobre a profissão de arqueólogo e culturas pré-coloniais, relacionando-os com a diversidade e o patrimônio cultural. A todo o momento é incentivada a participação dos alunos, que interagem com os mostruários de material lítico, cerâmico.
No período da tarde ocorrem as oficinas práticas e os estudantes têm a oportunidade de aplicar as técnicas e métodos conhecidos durante a manhã. Inicialmente cada aluno produz uma vasilha de argila utilizando a técnica do “acordelamento”, a mesma utilizada pelas oleiras guarani, em seguida há uma caminhada orientada com uma análise geoambiental, com a utilização de um GPS (Global Positioning System) e cartas topográficas de regiões do Vale do Taquari.
No final do dia é proposto aos alunos a elaboração de um relatório escrito e ilustrado, expressando o modo como cada um percebeu o “dia de arqueólogo”, como um diário de campo.