Um município da região está preparando a recepção, festiva, de uma empresa que está “preparando as malas” para levantar vôo de Arroio do Meio.
O empresário Vanderlei Brauwers, que há mais de 10 anos trouxe para o município a técnica de produção de alface hidropônica, há algum tempo vem manifestando a sua decepção com o tratamento que o Poder Público está lhe proporcionando.
Em um determinado momento, cerca de três meses atrás, esta coluna trouxe algumas informações, em termos de números, sobre a atual situação da empresa que neste ano deverá alcançar um faturamento de mais de 3 milhões de reais, o que poderá representar um retorno direto, para o município, na ordem de 80 mil reais, não considerando outras repercussões, como empregos, ganhos indiretos, além da divulgação da localidade em dezenas de outras cidades e grandes redes de supermercados.
O vereador Darci Hergessel, na última sessão da Câmara fez menções à empresa, com detalhes, números, mostrando a sua grandeza e o seu potencial de crescimento, mas falando também da indiferença com que vem sendo tratada.
O empresário disse que cansou de esperar, aliás, da falta de atenção e “estou praticamente acertado com outro município que oferece incentivos, local de instalação e outros tipos de apoio. Aqui as promessas não estão sendo cumpridas e tem gente fazendo voltas para não me encontrar. Inclusive rápidos serviços de máquinas não consigo”.
E por falar em migração de empresa, está no ar certo boato em relação a um empreendimento. Por sinal, essa conversa não é de última hora. Já se estende por um bom tempo. Muito em breve deveremos ter desdobramentos sobre o assunto, que é assustador.
Ainda sobre empreendimentos, o anúncio da inauguração do Supermercado da Dália Alimentos (Cosuel), reveste-se de expectativas, por ser uma nova opção de compras, em localização estratégica, um pouco fora do tumulto do Centro, onde ocorrem os contratempos, especialmente em relação ao trânsito.
Informação não confirmada
O que foi dito, recentemente, em relação ao pagamento do leite, com certo valor adicional, pelas empresas que atuam no município, para os produtores que teriam os certificados de propriedades livres de tuberculose e brucelose, carece de confirmação.
Pois, ao contrário de seis ou sete laticínios que estariam adotando a política de remunerar melhor o produto com origem de propriedades certificadas, parece limitar-se a apenas uma agroindústria.
Continua o impasse da falta de certificados atualizados. Há muito certificado, a maior parte, com validade vencida e segundo produtores, é grande a dificuldade em conseguirem a sua renovação, com desencontros nas informações e orientações. “As empresas estão dando pouca atenção aos nossos certificados”, afirmou um leiteiro na última semana.
Não há dúvidas de que a certificação das propriedades terá que acontecer em mais ou menos tempo, por força das exigências da legislação sanitária e do próprio mercado consumidor. No entanto, será preciso adequar as formas de procedimentos, superar alguns percalços e a insegurança proporcionada pelos setores envolvidos, pois entre Ministério da Agricultura, Estado e municípios, não há, ainda, a necessária sintonia nas ações e nas responsabilidades. Continua a desinformação e o empurra-empurra.